Dados de 2016 do Ministério do Trabalho e Emprego mostravam que 92% dos trabalhadores na área de engenharia de equipamento em computação são brancos, o que demonstra o abismo racial que existe no país. Existem também outras áreas em que essa diferença é visível: na área de engenharia mecânica automotiva, 90% dos trabalhadores são brancos, já na área dos engenheiros aeronáuticos, 88,4% dos trabalhadores são brancos.
Mas o cenário se inverte totalmente quando saímos da área de tecnologia e vamos para uma profissão que necessita de menos formação acadêmica: 92,7% dos trabalhadores da cultura do dendê, 84,3% de cultivadores de trepadeiras frutíferas e 83,7% dos que trabalham no cultivo de frutas rasteiras são negros.
Outros exemplos de racismo na área de tecnologia foram o caso da saboneteira automática que não identificava peles negras porque o seu sistema de reconhecimento só havia sido testado em peles mais claras e o caso do programa da justiça norte-americana que, baseado no seu banco de dados, concluiu que pessoas negras têm o dobro de chance de cometer um crime, agindo como se isso fosse uma regra.
A dificuldade da população negra de ter acesso a um ensino de qualidade e a discriminação que essas pessoas sofrem quando conseguem trabalhar nessas áreas explica o porquê dessa diferença tão grande entre negros e brancos na área de tecnologia.
Com o sucateamento do ensino público política de extermínio da população negra e pobre, chegar até essas áreas vai ficar ainda mais difícil porque, como disse o ministro da educação, o fascista Ricardo Vélez Rodriguez, “as universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual.”
É necessário lutar contra essa política de extermínio do povo negro, para isso precisamos levantar as palavras de ordem: Fora Bolsonaro! Liberdade para Lula!