A deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ), comemorou nas redes sociais, a provação de Lei de sua autoria que “cria um programa de prevenção ao suicídio de policiais“.
A Lei 8591/19 institui o Programa de Combate ao Suicídio e Sofrimento Psíquico de Agentes de Segurança no Estado do Rio de Janeiro e depois de aprovada no covil de máfias políticas da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, antro de representantes dos grandes capitalistas, das milícias, das forças de repressão e guerra contra o povo do Rio, foi sancionada pelo governador fascista Wilson Witzel – que comemora, entusiasticamente, a execução de trabalhadores, pobres e negros – e publicada no Diário Oficial do Poder Executivo no último dia 30.
Buscando justificar a media a parlamentar psolista afirmar que “o número de agentes mortos por suicídio é maior do q mortes em confronto. Isso mostra q a lógica de confronto tb atinge a saúde mental dos policiais”. Fica evidente que para ela, não se trata de parar a matança recorde que a PM e todo o aparato repressivo realiza todos os anos contra a população pobre e negra, com uma maioria de jovens, realizada cotidianamente e intensificada no governo reacionário de Wilson Witzel (PSC-RJ). Pelo contrário, seria o caso de dar apoio à essas organizações criminosas, amparado psicológico etc., para – como pretende o governo fascista do Rio – aumentar a sua “eficiência”, ou seja a sua letalidade e seu capacidade de repressão e terras contra a população. Por isso mesmo, o merecido apoio da direita fluminense à medida apresentada pela “socialista”.
Longe de se tratar de uma medida isolada da parlamentar, ligada ao grupo do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), a proposta é parte fundamental dos mandatos parlamentar dos psolistas no Rio. O próprio Freixo apresentou em seu mandato projeto de lei estadual para aumentar a eficiência da matança realizada pela Policia no Rio. Foi de sua autoria um PL que previa que “armas e munições fossem testadas antes de serem entregues aos policiais“. Dentre as suas justificativas incluir-se o argumento de que 25% dos disparos dados pela Polícia do Rio falham.
Assim o deputado, da mesma forma que Witzel, Bolsonaro e toda a direita, pretendiam (apenas com diferenças de formas) dar mais eficiência à ação, por exemplo, da PM que mais mata no Brasil. Se aprovado, o projeto de Freixo, a PM que mata mais de mil pessoas por ano no Rio, quem sabe alcançasse, com armas testada, a marca de 1250 morto ou mais.
A ação do PSOL em favor das forças de repressão, também não se limita ao Rio. O partido anunciou com certo entusiasmo que “conseguiu reunir, nesta quinta-feira (31), as assinaturas necessárias para apresentar o recurso que leva o projeto de reforma da Previdência dos militares para ser avaliado pelo plenário da Câmara dos Deputados”. A “luta” do PSOl é por ampliar privilégios dados aos oficiais (e negados para dezenas de milhões de trabalhadores) na “reforma” da Previdência, para os baixos escalões das Forças Armadas. Na semana passada, a Comissão Especial rejeitou um destaque apresentado pelo Partido estendendo o aumento de gratificação previsto no projeto a todos os militares e acabava com a diferenciação por cursos e qualificações.
Segundo sítio do PSOL, o partido quer combater a desigualdade, não denunciando o golpe do favorecimento dos militares de alta patente, mas defendendo a extensão dos benefícios para os militares, ä desigualdade pode ser revertida caso o recurso do PSOL seja aceito e o projeto seja avaliado pelo plenário da Câmara”, afirmam.
No afã de conquistar as bases de apoio do bolsonarismo, em crise – diante da enorme rejeição popular de sua ofensiva contra as massas, os esforços reacionários dos psolistas em favor das forças de repressão parece não conhecer limites à direita.
O partido que se recusa a lutar pelo “Fora Bolsonaro”, atua abertamente ao lado de Witzel, dos bolsonaristas e toda a direita (com apoio também de setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa) em favor dos interesses dos integrantes dos órgão de repressão e das próprias máquinas de guerra contra a população.
Fica evidente o socialismo de araque do PSOL, contrário à dissolução da PM e do aparato repressivo da burguesia, favorável ao seu reforçamento, à sua “eficiência”; defensor de melhores armas para os assassinos do povo e contrário ao armamento da população pobre que precisa se defender dos seus algozes, como dos assassinos das milhares de Marines, Amarildos etc. que o PSL encenas defender no terreno eleitoral.
Uma política reacionária em toda sua plenitude.