Da redação – A perseguição política contra o ex-presidente Lula não para. Preso político há 520 dias encarcerado em Curitiba, o petista foi alvo de uma nova denúncia da operação golpista Lava Jato. O ex-presidente é acusado pelo Ministério Público Federal de São Paulo de receber uma “mesada” da Odebrecht. O MPF pede uma condenação por corrupção passiva para Lula, e corrupção ativa para executivos da Odebrecht. Além de Lula, dessa vez seu irmão, Frei Chico, também é acusado.
Como os vazamentos da Vaza Jato, no sítio The Intercept Brasil, já demonstraram, perseguir familiares de alvos da operação Lava Jato é um método utilizado pela operação Lava Jato para atingir seus objetivos. E esses objetivos, conforme também demonstram os vazamentos, são políticos. A Lava Jato perseguiu Lula por motivos políticos, o mantém preso por motivos políticos, e participou diretamente do golpe de Estado de 2016 com a divulgação de uma conversa entre Dilma Rousseff e Lula cuidadosamente selecionada para distorcer o sentido da nomeação de Lula para a Casa Civil, na época, e para animar os coxinhas que viriam a ser a base do bolsonarismo.
As conversas divulgadas pelo Intercept também já demonstraram o ódio pessoal por Lula e por sua família nutrido por parte dos procuradores da Lava Jato, um dado revelador sobre como funciona o Judiciário brasileiro, armado contra os réus na grande maioria dos casos.
Apesar da desmoralização pública da perseguição contra Lula, as instituições dominadas pela direita golpista continuam agindo do mesmo modo. Para reverter esse quadro, é preciso mobilização popular em defesa da liberdade de Lula. Diante desse quadro, reforçamos o chamado a todos os que se opõem ao golpe e à direita para que vão a Curitiba no próximo dia 14, sábado, protestar contra a prisão do ex-presidente e levantar a palavra de ordem: Liberdade para Lula!