A taxa de desemprego no Brasil vem subindo vertiginosamente desde o golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Roussef. Em 2014, com o PT na presidência, o país encerrou o ano com o desemprego em 4,8%, a menor taxa já registrada. Já em 2018 sob o governo golpista de Temer, a taxa havia subido para 11,6%. Hoje já está em 12,7%, com a administração da extrema-direita bolsonarista, atingindo 13,4 milhões de brasileiros. Isso considerando apenas os dados oficiais, que podem muito bem estar sendo mascarados para disfarçar a devastação provocada pelo golpe.
Esses dados já mostram que a classe trabalhadora vem sendo diretamente atingida pelos ataques dos últimos governos ilegítimos da direita. Mas mesmo entre os trabalhadores, há uma situação ainda pior, que é a dos negros. Segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) divulgada nessa quinta (16), a taxa de desemprego entre os brancos ficou em 10, 2%, abaixo da média nacional. Já a taxa entre os negros está em 16% e entre os pardos está em 14,5%, ambos acima da média.
Mesmo entre a população empregada, os negros ficam com os piores salários. Segundo dados de outra PNAD, de dezembro do ano passado, 13,6% dos negros estavam entre os 10% da população com os menores rendimentos. Enquanto 4,7% estavam entre os 10% com os maiores. Os números entre os brancos já são bem diferentes, com 5,5% na faixa dos menores rendimentos e 16,4% na faixa dos maiores. Além disso, em 2017 o trabalhador branco recebeu 72,5% a mais do que o negro, com seu rendimento médio ficando em R$2615,00, enquanto o dos negros ficou em R$1516,00.
Fica claro que os negros são os mais atingidos pela política de rapina e de esmagamento da população que é aplicada pela burguesia golpista. Por mais que o imperialismo e a direita façam demagogia com a questão do racismo, a sua política neoliberal tem os negros como principal alvo. É preciso derrubar o governo ilegítimo de Bolsonaro e chamar novas eleições gerais com a participação de Lula, a fim de pôr fim a essa situação de calamidade gerada pelo capital.