Golpe atinge universitários

Mesmo com graduação, jovens sofrem com o desemprego e a informalidade

Como apontam os dados não é possível escapar dos efeitos do golpe de estado. Fora Bolsonaro! Eleições Gerais Já! Com Lula candidato!

“Até agora, meu curso de ensino superior não serviu para nada.” Diz Dager Lameck, 28, se formou em engenharia de produção na UFF (Universidade Federal Fluminense), em 2018, e está desempregado.

De acordo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o número de graduados que estão desempregados, desalentados ou vivendo de “bicos” aumentou de 930 mil em 2014 para 2,5 milhões em 2019.

Por conta desse quadro, muitos dos formados no ensino superior que conseguem emprego estão aceitando trabalhar em empregos com exigências de apenas ensino médio e fundamental.

Entre 2013 e 2018, de 1,7 milhão de jovens com diploma universitário 318 mil aceitaram trabalhar em uma das 50 ocupações que mais contratavam quem tivesse somente ensino fundamental completo ou médio incompleto.

Isto significa que de acordo com a análise dos dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) pelo menos 1 de cada 5 novos contratos para profissionais com ensino superior nesse período caracterizaram um possível desperdício de dedicação de quatro, cinco, seis anos dedicados e investidos na graduação.

Importante ressaltar que essa análise ainda tímida pois reflete somente as 50 carreiras mais típicas da mão de obra com menor escolaridade.

Essas ocupações que os jovens com diploma estão aceitando para não ficarem desempregados são de auxiliar nos serviços de alimentação, cuidador de idosos, faxineiro, frentista, motorista de ônibus, operador de empilhadeira, recepcionista de consultório médio.

Por exemplo, André Luís Matías do Santos, 29, com diploma em administração de empresas, também na UFF, está empregado como vendedor da Stone Pagamentos.

“Eu sinto que tenho mais capacitação do que o demandado pela função. Sempre fui bom aluno, nunca perdi um ano, terminei um curso inglês junto com o colégio e tenho ensino superior”, relata o jovem.

Ainda de acordo com o IBGE o número de desalentados aumentou em 875% entre 2014 e 2019. Sendo muito significativo justamente para a população em idade de trabalhar com superior completo.

Desalentados são aqueles que passaram tanto tempo gastando com transporte, vestimenta, imprimindo currículos e não tiveram resultado que desistem de procurar emprego porque o investimento sem retorno se transforma em prejuízo.

Um exemplo é Rita Urquidi, 56, ela trabalhou décadas como analista de sistemas e foi demitida em 2014. “Tentei de tudo, aí fui diminuindo [minhas exigências].”, conta ela. E que chegou a tentar uma vaga em telemarketing.

Segundo a RAIS, em 2013, havia 8.593 operadores de telemarketing com diploma universitário. Em 2018, esse número havia quadruplicado, atingindo 33.735.

Rita desistiu de procurar emprego e foi atrás da aposentadoria. E, hoje, vende pães de mel para complementar a renda.

O período em que o diploma vem se transformando em um documento sem valor é o mesmo período do golpe de estado no país. Em que o título de eleitor foi rasgado com o impeachment de Dilma em 2016. E como continuação dessa política os eleitores não puderam escolher, eleger Lula como presidente. A Constituição foi rasgada para derrubar o PT da presidência da república e desde então a CLT e outros direitos também foram jogados no lixo.

Grande parte dos estudantes universitários ainda são da pequena burguesia para cima. E como apontam os dados não é possível escapar dos efeitos do golpe de estado. Outro dado que mostra que o golpe já atinge setores da pequena burguesia e setores mais altos foram os protestos contra Bolsonaro no Rock In Rio.

É preciso colocar esse governo golpista abaixo.

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