Os trabalhadores metalúrgicos do Estado do Espírito Santo estão entrando no 4° dia de greve e que está contando com mais adesões e crescendo a cada dia, principalmente nas grandes empresas metalúrgicas presentes no Estado.
A greve teve início após dois meses de tentativas de negociação entre o Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo e o Sindifer (sindicato patronal) que não negociou absolutamente nada, só apresentou uma proposta absurda de retirada de direitos, redução de salários e cortes de benefícios. A alegação é que queria modernização das negociações.
Os patrões querem reduzir os salários dos trabalhadores. A proposta é diminuir em cerca de 50% o valor do piso profissional, corte de aproximadamente 50% no valor do cartão alimentação, retirada de dependentes e cobrança do plano de saúde e fim de outras 33 cláusulas do acordo coletivo. Os patrões ainda querem aumentar o desconto para transporte, acabar com o seguro de vida e acabar com o auxílio funeral.
Ato realizado em frente a Vale pela continuidade da greve.
O sindicato denuncia que é a pior negociação salarial em 57 anos de história do sindicato e que os patrões estão se apoiando na nova situação política de ofensiva bolsonarista.
O Estado conta com grandes complexos industriais ligados a metalurgia como a mineradora Vale, Estaleiro Jurong, ArcelorMittal Tubarão, Canexus, Suzano, Samarco, Simec, entre outras. Há uma boa adesão dessas grandes empresas, principalmente Vale, ArcelorMittal Tubarão e Samarco.
Há denúncias que a metalúrgica Imetame está transportando os trabalhadores de barco para forçá-los a furar a greve, pois nos portões estão os trabalhadores realizando piquetes e fazendo campanha da greve.
Nesta quarta-feira, o sindicato e os trabalhadores organizaram três protestos contra as propostas patronais. Na portaria da Vale, em Carapina, na portaria norte da ArcelorMittal Tubarão e em frente à sede do Sindimetal-ES, em São Diogo, na Serra.
A greve está crescendo e o movimento deve se ampliar nos próximos dias diante da completa falta de discussão sobre a proposta patronal apresentada na mesa de negociação. Os patrões sequer ouviram os sindicalistas e muito menos os trabalhadores.
Essa é a postura dos patrões diante do governo fraudulento de Bolsonaro e da direita golpista. É preciso ampliar e radicalizar a greve dos trabalhadores metalúrgicos do Espírito Santo.