Nessa semana, o jornal golpista O Globo deu mais uma demonstração do papel cínico e cretino ao qual a imprensa burguesa é incumbida – o de defender, incondicionalmente, os interesses do imperialismo. Em matéria publicada ontem, no primeiro dia do mês de agosto, o periódico da Família Marinho alegou que o desemprego no Brasil estava diminuindo e que isso estaria favorecendo a recuperação da economia.
Primeiramente, é preciso dizer que a notícia de que o desemprego teria diminuído é uma grande farsa, mais uma falsificação da imprensa capitalista. Os dados oficiais, divulgados por institutos de pesquisa controlados pela direita apontam que a taxa desemprego teria diminuído timidamente entre os meses de abril e junho (0,7% em relação ao trimestre anterior). No entanto, mesmo que essa queda seja real, há outro dado que escancara que o desemprego está se tornando um problema cada vez maior no Brasil: segundo próprio IBGE, o número de trabalhadores subocupados e por conta própria cresceu e mais de 28 milhões estão subutilizados.
A imagem de um país com menos desemprego é apenas uma fantasia criada pela imprensa golpista para tentar salvar o governo Bolsonaro. Imerso em uma profunda crise política e odiado pela população, que já se revoltou inúmeras vezes em apenas sete meses de governo, Bolsonaro precisa de todo o apoio da burguesia para permanecer de pé.
A permanência de Bolsonaro no poder não serve em nada aos trabalhadores. Se O Globo está falsificado a realidade para manter seu governo, significa que Bolsonaro está disposto a fazer tudo o que os patrões quiserem para atacar ainda mais a população. Afinal, o número de trabalhadores sem carteira assinada chegou a 11,5 milhões de empregados, um aumento de 3,4% na comparação com o trimestre anterior: a destruição das condições de vida do trabalhador é a principal palavra de ordem da direita.
Diante da destruição das condições de vida e do aumento do desemprego, é necessário levantar reivindicações que permitam ao movimento operário um avanço em sua luta política. É preciso adotar um plano de emergência de combate ao desemprego sob o controle das organizações operárias – os capitalistas, que criaram a crise, que paguem por ela -, garantir a estabilidade no emprego para todos os trabalhadores, exigir a escala móvel das horas de trabalho (redução das jornadas para 35 horas semanais, sem redução dos salários), o salário desemprego igual ao dos trabalhadores da ativa e um plano nacional de obras públicas sob o controle dos trabalhadores e das suas organizações de luta!