Na última terça-feira (26), a Brigada Militar reprimiu ferozmente a assembleia do Centro de Professores do Rio Grande (Cpers) às portas do Palácio do Piratini, sede do governo do Estado do Rio Grande do Sul. Em greve desde o dia 18 contra o pacote de medidas neoliberais do Governo, que altera o plano de carreira dos professores, os docentes aprovaram na assembleia a continuidade do calendário de mobilização, o comando de greve aguardava para ser recebido pelo secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian (PP).
A assembleia reuniu entre 15 a 20 mil trabalhadores segundo o sindicato, nos arredores do Palácio e da praça da Matriz, Tendo início às 13:30, a seguiu-se com a aprovação de uma séries de medidas de mobilização até que as tropas da Brigada Militar entrou em ação contra os trabalhadores.
O governo reacionário do PSDB se recusou a receber os professores dentro do Palácio, informando que um agente os receberia na calçada. Os professores, diante da atitude vexatória e extremamente autoritária e fascista da direita e extrema-direita que controlam o estado, tentaram entrar no Palácio para serem recebidos dignamente, nesse momento a Brigada Militar posicionada em frente a entrada passou a espancar com cacetes e atirar gás de pimenta nos professores.
Dezenas de professores foram espancados, inclusive a presidente do sindicato Helenir Aguiar Schürer, que teve um ferimento na cabeça. Após a cena de selvageria protagonizada pela Brigada Militar, mostrando mais uma vez a que serve este corpo armado, os professores ainda participaram de um ato unificado de servidores que se dispersou com a chuva que caiu ao final da tarde.
Mais uma vez direita e a extrema-direita utilizam-se dos seus fiéis cães de guarda, o aparelho repressivo estatal, para reprimir a luta dos trabalhadores pelo seus direitos, mostrando que a política chamada neoliberal, introduzida em larga escala no país pelo golpe de Estada que resultou no controle do Estado nacional pela extrema-direita, só pode se impor pela força.
O exemplo dos professores, no entanto, é importantíssimo, mas é preciso tirar as conclusões corretas. Assim como o chamado neoliberalismo, essa política terrorista que a burguesia de conjunto envolveu o mundo inteiro, se impõem pela força, também é somente pela força das mobilizações que poderá ser derrotada. é preciso, contudo, um ataque mortal, atingindo o centro nevrálgico, ou seja, pela luta pelo fora Bolsonaro, já que este governo golpista é o coração desta política.