A crise do capitalismo se desenvolve à passos largos. Nesta quinta-feira (7), no Líbano, milhares de estudantes de todas as idades se manifestaram, bloqueando as administrações públicas, dando continuidade à onda de protestos iniciada em outubro contra o governo. Beirute, capital e maior cidade libanesa, amanheceu cheia de bandeiras libanesas.
Em frente ao Ministério da Educação, um estudante deu entrevista à uma rede de televisão, e disse: “Desafio políticos e altos funcionários que tentam levar seus filhos para uma escola pública”.
De acordo com um jornalista da AFP, dezenas de manifestantes se reuniram em frente ao Ministério das Telecomunicações, em Trípoli, segunda maior cidade do país. Em Nabatiyé e Baalbek, onde há um predomínio xiita e grande influência do Hezbollah, os estudantes, também, tomaram as ruas, segundo o jornalista.
Os protestos iniciados no dia 17 de outubro tem arrastado milhares de pessoas às ruas. A insatisfação da população com o governo libanês tem crescido dia após dia. A crise econômica e política em que o Líbano se encontra, tem estimulado a agitação popular na medida em que o governo não tem encontrado soluções para o povo. Recentemente, em meio aos distúrbios, o primeiro ministro Saad al-Hariri, pediu renúncia e disse ter chegado a um “beco sem saída”, acrescentando que o país precisa “de uma grande sacudida para combater essa crise”.
Embora o governo tenha anunciado um pacote de emergência para conter a crise social, os manifestantes não abandonaram as ruas. O que se sabe, no entanto, é que os protestos tem aumentado a cada dia, com a adesão de diversos setores.