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Depois da vitória da greve, como dar continuidade à mobilização?

O dia de paralisação e mobilizações, “greve geral”,  da ultima sexta, foi um enorme sucesso político, mostrando em vários aspectos uma significativa evolução da luta dos explorados contra o regime golpista e, particularmente, do seu pelotão mais combativo e decisivo, a classe operária que – depois de um longo período em “segundo plano”- assumiu uma posição destacada na luta da classe trabalhadora contra o governo Bolsonaro e seus ataques, com paralisações expressivas em fábricas, usinas, refinarias, no setor elétrico, nos transporte, nos correios etc.

Com a  paralisação realizada por dezenas de milhões de trabalhadores e atos em mais de 500 cidades, chegamos ao nível mais elevado, da onda de mobilizações iniciadas em 15 de julho, completando-se um mês em que os trabalhadores, a juventude e os explorados de todo o País realizaram gigantescas mobilizações depois de um longo período de defensiva diante da iniciativa da direita golpista.

Ao mesmo tempo, vimos crescer, na última semana, a crise do governo ilegítimo de Bolsonaro, com os “vazamentos” da operação criminosa que é a Lava jato,  as demissões de três generais do primeiro e segundo escalões do governo, o congresso golpista sendo forçado a aprovar quase R$ 250 bilhões de “créditos suplementares” (permissão para endividamento), entre outros episódios que mostram que o governo sobrevive mas está cada vez mais em decomposição. Uma situação que recoloca, inclusive, a possibilidade – nunca totalmente afastada no último período – de um golpe militar (ou um “contragolpe”) ou da adoção de outra “saída” que sirva aos interesses das alas mais poderosas do regime golpista.

A mobilização deixou para trás a orientação reacionária de dirigentes políticos e sindicais da esquerda que se opõem à política de enfrentamento com o governo e a direita golpista e defendem um entendimento e, até mesmo, um apoio às políticas reacionárias do governo, como os governadores do Nordeste que se colocaram a favor da “reforma” da Previdência. Se contrapôs também à política defendida e praticada por setores da esquerda que atuam para construir uma frente com golpistas do PSDB e outros e buscam desviar a atenção do ativismo para inúteis articulações parlamentares, como uma CPI fajuta no Congresso Nacional golpista para investigar a ação criminosa de Moro e Cia.

A mobilização do dia 14, liderada e realizada pela esquerda e por suas organizações de luta – em primeiro lugar a CUT -, superou também a sabotagem dos pelegos e suas “centrais” destinadas à semearem divisão e confusão entre os trabalhadores e servirem aos patrões e mostraram que o caminho para derrotar os golpistas é nas ruas, nas grandes mobilizações, por meio da unidade dos explorados e de suas organizações, com seus métodos de luta, como a greve geral por tempo indeterminado.

É preciso dar continuidade à esse movimento, por meio do fortalecimento da organização de milhares de comitês de luta em todo o País, de uma ampla campanha nos locais de trabalho, estudo e moradia de uma greve geral por tempo indeterminado.

Fica evidente de um amplo debate sobre os próximos passos da luta com os que realizaram a mobilização, como a Frente Brasil Popular, a CUT, partidos, CMP, MST e demais setores que encabeçaram as mobilizações, que fizeram a greve e não atuaram na sua sabotagem junto com a direita. É necessário reforçar a unidade desses setores, na luta, realizar plenárias e reuniões, imediatamente, para  discutir a continuidade da luta, que precisa avançar diante da crise do governo e da tentativa dos golpistas de manter a ofensiva contra os explorados como se vê na tramitação da “reforma” da Previdência, nas privatizações e outros ataques que não podem ser barrados isoladamente.

É preciso superar a política de lutas parciais (testada e reprovada nos últimos anos) e fazer avançar a mobilização em torno de uma perspetiva de conjunto, uma alternativa própria dos trabalhadores e da juventude diante da crise atual tendo como reivindicações centrais o  Fora Bolsonaro e todos os golpistas, a liberdade para Lula e a defesa de Eleições Gerais, com Lula candidato.

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