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Meninos Sem Pátria

Direita que censura a Bienal censurou livro no meio da eleição de 2018

A mobilização em torno da censura fez parte da própria mobilização da base de extrema-direita bolsonarista durante o processo eleitoral

Semana passada o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, tentou impedir a circulação de uma história em quadrinhos na Bienal do Livro da cidade. A história, “Vingadores, a cruzada das crianças”, tem a cena de um beijo entre dois meninos homossexuais, o que teria ofendido a sensibilidade religiosa do prefeito carioca, ou, ao menos, foi o que o político alegou. Com base em suas crenças, o prefeito quis proibir o resto da humanidade de poder folhear uma revistinha em quadrinhos durante a Bienal do Livro, exigindo que o material só pudesse ser vendido se fosse lacrado em um saco preto com um alerta aos pais.

Esse episódio grotesco de interferência do Estado na liberdade de expressão, um direito democrático básico de toda a população que foi atacado por Crivella, revela o perigo que estamos correndo sob a ofensiva da direita golpista. Se não houver uma reação à altura às investidas da direita, eles vão determinar o que se pode ou não ler, o que se pode ou não ouvir, o que se pode ou não assistir etc.

A mobilização em torno da censura fez parte da própria mobilização da base de extrema-direita bolsonarista durante as eleições. No começo de outubro do ano passado, logo antes da votação do primeiro turno, um pequeno grupo de pais de extrema-direita se mobilizaram contra um livro em uma escola no Rio de Janeiro. Um professor do Colégio Santo Agostinho, no Leblon, indicou a leitura do livro Meninos Sem Pátria, de Luiz Puntel. O livro faz parte da famosa “Coleção Vagalume”, e fala sobre a experiência de famílias exiladas por causa das ditaduras na América Latina.

Por causa desse tema, pais bolsonaristas acusaram a escola de estar usando um livro que faria “doutrinação comunista”. E, com base nisso, conseguiram obrigar a escola a recuar, e a atividade de leitura com esse livro foi suspensa. Esse acontecimento, fruto do clima fascista instaurado durante as eleições de 2018, serviu de campanha eleitoral para a extrema-direita, que procura prevalecer por meio da truculência.

Essa atitude continua vigente agora. O golpista ilegítimo Jair Bolsonaro está cada dia mais impopular, e a cada dia está mais difícil ocultar isso. Por isso, o que resta à extrema-direita é procurar calar toda a sociedade. Censura e repressão estão se tornando métodos de sobrevivência para um governo generalizadamente odiado. É preciso enfrentar essas tentativas da direita de controlar o que pode ser falado por meio de iniciativas como a formação de comitês de autodefesa, nas escolas, faculdades, bairros, locais de trabalho e em toda parte.

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