A burguesia parece estar unificada para salvar a pele de Sérgio Moro. O Editorial, que dias antes pediu a renúncia de Moro, amanheceu na sexta-feira (14) com um entrevista, na capa do jornal, com o ministro de Bolsonaro, de forma a tentar limpar sua imagem.
A Folha de São Paulo, o jornal O Globo e a imprensa burguesa de forma geral estão cavando os argumentos mais esdrúxulos para defender o juíz. Até mesmo os militares, que estão em conflito com o bolsonarismo, decidiram apoiar a Lava Jato.
O General Mourão, vice-presidente do país, declarou se ele “tiver que ir para guerra, levo Moro e Dallagnol comigo”.
Essa reviravolta, entretanto, parece um pouco estranha diante dos acontecimentos do país. Muito possivelmente, quem vazou informações internas da Lava Jato foi justamente um setor do “centrão”, descontente com a Lava Jato, aproveitando um enfraquecimento do bolsonarismo.
Porém, é possível que este setor tenha percebido o tamanho da crise política engendrada pelo vazamento contra a Lava Jato e agora esteja tentando limpar o que sujaram. Pois, de fato, as revelações contra a Lava Jato intensificou justamente a luta contra o golpe, contra o governo e pela liberdade de Lula.
Agora, a burguesia está querendo sustentar o criminoso comprovado, Sérgio Moro. É uma manobra difícil de se realizar, com as mais diversas que os golpistas têm feito nos últimos meses. Além de difícil, é arriscada pois a maioria dos setores da burguesia estão se alinhando com a fraude e o crime de Sérgio Moro.