O presidente ilegítimo Jair Bolsonaro declarou em uma de suas transmissões ao vivo semanais no facebook que vai cumprir duas promessas de campanha para agradar os latifundiários e atacar duramente os movimentos de luta pela terra.
Uma das promessas é a de tipificar as ocupações de terra como ato terrorista. Segundo o vídeo, Bolsonaro afirma que está finalizando um projeto, e que está negociando com os parlamentares a sua aprovação.
A outra promessa é tão escandalosa quanto ao classificar ocupações de terra como terrorismo. O fascista Bolsonaro quer aprovar uma lei que isente os latifundiários de culpa em casos de ocupação de terra. Essa proposta é dar o aval para que o latifundiário possa matar quem ocupa suas terras e não ser processado.
São duas propostas que caem como uma luva para os latifundiários e a extrema-direita. Um projeto de lei complementa o outro, pois um vai colocar o aparato repressivo do Estado para perseguir os trabalhadores sem-terra com extrema violência e o outro vai legalização dos esquadrões da morte no campo, que já existem e vão atuar agora com o aval da lei.
Essas duas propostas são o resultado da imobilidade da esquerda no campo. As medidas tomadas pelo presidente ilegítimo Bolsonaro já deveriam estar sendo combatidas com uma onda de ocupações de terra, fechamento de rodovias e de prédios públicos.
Esses projetos de lei vão atacar todo o movimento de luta pela terra, desde trabalhadores sem-terras até indígenas expulsos de suas terras. É preciso uma unidade dos movimentos de luta pela terra para enfrentar a ofensiva do governo ilegítimo de Bolsonaro.
O parlamento e a justiça, que já demonstrou que está do lado dos bolsonaristas, não vão barrar essa ofensiva e a luta deve se basear nos próprios trabalhadores e nas ações nas ruas.
É preciso unificar imediatamente a luta do campo e da cidade para derrotar Bolsonaro e iniciar uma onda de ocupações de terra por todo o país.