Neste domingo (22), o governo golpista da Bolívia de Jeanine Añez anunciou sua entrada no bloco de países conhecido como Grupo de Lima. Este bloco foi criado em 2017, encabeçado pelo imperialismo mundial, com o objetivo de alinhar as políticas externas dos países da América Latina aos interesses imperialistas e intervir na política interna destes países. A justificativa de criação do bloco é avançar no golpe de Estado na Venezuela.
A entrada da Bolívia no Grupo de Lima demonstra a unidade da política golpista em toda a América Latina. A política do imperialismo consiste em dar golpes de Estado e colocar governos alinhados com seus interesses políticos e econômicos, que descarreguem todo o peso da crise mundial nas populações.
Os golpes de Estado inevitavelmente acarretam privatizações, retiradas de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, entregas de riquezas nacionais, submissão do país aos interesses do capital financeiro internacional, repressão policial, assassinatos de lideranças populares, banimento de organizações políticas de esquerda, agravamento da desigualdade social, da miséria e ataques sistemáticos às condições de vida do povo.
No caso da Bolívia, o golpe foi articulado em conjunto pela Organização dos Estados Americanos (OEA), as Forças Armadas bolivianas e grupos paramilitares fascistas, que, mediante violência nas ruas, forçaram a renúncia do presidente eleito Evo Morales (MAS).