Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Massas nas ruas

Trabalhadores da Bolívia defendem Evo Morales de ataques da direita

Governo boliviano convocou as massas a ir às ruas defender o país de um movimento golpista organizado pelo imperialismo

Desde terça-feira (4) a Bolívia é vítima de uma campanha deliberada de sabotagem econômica da direita golpista. O líder golpista do Comitê Cívico de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, tentou entregar uma carta de renúncia para Evo Morales assinar. No entanto, ele acabou sendo cercado pela população no aeroporto de El Alto, município na periferia de La Paz, e não conseguiu armar o circo que pretendia na capital. A carta, porém, não era a única medida para derrubar Evo Morales. Camacho anunciou que a direita golpista fecharia fronteiras e tomaria instituições e empresas públicas para parar a economia.

A política da direita golpista na Bolívia é reveladora dos métodos do imperialismo na América Latina. No caso da Bolívia não é possível colocar a responsabilidade de nenhum problema econômico no governo. Mas isso não impediu a direita golpista de partir abertamente para uma política de sabotagem econômica com o propósito deliberado de provocar uma crise, visando desestabilizar a situação política capaz de derrubar o governo, mesmo que às custas de atingir toda a população.

 

Confronto em Cochabamba

A direita golpista está levando adiante seu plano de ocupar prefeituras e empresas estatais, o que têm gerado confrontos com os apoiadores do presidente, que estão mobilizados na defesa do governo. Na quinta-feira (26), houve uma marcha em Cochabamba de 8Km, liderada por mulheres indígenas, em defesa do governo que denuncia a tentativa de golpe da direita racista.

Ao chegar ao centro de Cochabamba, os apoiadores de Evo Morales tiveram que se enfrentar com o grupo golpista “Resistência Juvenil Cochala”, que acabou levando a pior, em um embate que deixou feridos. Outros confrontos foram registrados em outras partes do país. No dia anterior, em La Paz, uma marcha de golpistas tentou se dirigir até o Ministério do Trabalho, na Praça Murillo, para colar no prédio a carta de renúncia que a oposição quer que Evo Morales assine. O grupo, porém, foi parado pela vigília convocada pelo governo para defender a democracia.

 

Grande ato em La Paz

A direita golpista está procurando derrubar Evo Morales desde o dia seguinte às eleições, realizadas no dia 20 de outubro e vencidas pelo presidente reeleito. Carlos Mesa, o candidato derrotado, não reconheceu o resultado e acusou o governo de fraude, lançando uma campanha golpista. Para se contrapor aos golpistas, o governo vem convocando o apoio da população.

Terça-feira (5), um dia depois de expirar um ultimato da direita para que renunciasse, Evo Morales reuniu uma grande massa de apoiadores, demonstrando a força do governo e de um movimento mobilizado nas ruas para defender a Bolívia de um golpe da direita coordenado pelo imperialismo.

 

Luta continental

O caso da Bolívia poderia parecer surpreendente observado à parte. Tudo estava tranquilo até a direita fabricar uma crise política do dia para a noite, depois de muitas tentativas fracassadas de desestabilizar o governo anteriormente. Tomando a situação do continente como um todo, porém, é possível ver imediatamente o sentido do que está acontecendo na Bolívia. Há um enfrentamento em escala global do imperialismo contra o nacionalismo burguês e contra os trabalhadores em todos os países atrasados. A crise de 2008 nunca se fechou, e está obrigando o imperialismo a apertar seu controle sobre os países atrasados.

É esse o quadro em que se deram os inúmeros golpes de Estado que varreram o continente desde 2009, começando por Honduras, e passando pelo Brasil. É nesse quadro que a direita não está disposta a ceder nem um milímetro de terreno para os trabalhadores e movimentos populares, como mostra a resposta dos governos do Equador e do Chile às revoltas populares contra o neoliberalismo nesses países. De modo que, na Bolívia, o imperialismo não poderia deixar de fabricar uma crise para derrubar um governo como o de Evo Morales, que faz concessões sociais à classe trabalhadora e procura algum grau de desenvolvimento nacional. Um tipo de política que o imperialismo não permite mais na região.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.