No último dia 31 de julho, ocorreram assembleias da categoria dos correios por todo o país, momento em que os trabalhadores poderiam dar uma guinada nos ataques do governo bolsonarista aos trabalhadores. No entanto, como já havia ficado definido pelo bando dos quatro (PT, PSTU, PC do B, mais a diretoria do Sintect MG-LPS), em todas as assembleias pelo país, defendeu contra a greve da categoria.
Uma enorme capitulação à extrema direita que neste momento impõe enorme ataque a categoria com a ameaça de privatizar a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), ao mesmo tempo em que o governo de Bolsonaro já introduz, o que os capitalistas ávidos por pegar a ECT querem, a redução da folha de pagamento, com o anúncio de que os ecetistas perderão R$ 6.000,00 por ano, além de anunciar que nem a inflação será reposta e o reajuste salarial será de apenas 0,8%.
O ataque do governo que já é mais do que suficiente para os mais de 100 mil trabalhadores dos correios dizerem em alto e bom tom, “ Ei Bolsonaro, vai tomar no cú!” e aprovarem a maior greve da categoria dos últimos anos, foi esmagada pelas direções entreguistas da Fentect, juntamente com PSTU, aceitando a velha e “manjada” manobra dos golpistas de chamar o golpista TST (Tribunal Superior do Trabalho) para intermediar o conflito e através da ação do ministro biônico e vice-presidente do TST, Renato de Lacerda Paiva, firmaram o adiamento da greve, dando mais 30 dias para o TST, amigo dos patrões e inimigo dos trabalhadores, mediar as cláusulas econômicas e o plano de saúde dos trabalhadores até 30 de agosto de 2019.
O governo de Jair Bolsonaro nem terminou de rir frente à capitulação das direções sindicais e aproveitando o momento propício, anunciou menos de 24 horas após o acordo que o seu Ministério da Economia, já concluiu o estudo e segundo os golpistas “não há saída para os Correios que não seja a sua privatização”.
E para encaminhar imediatamente a privatização, Bolsonaro exonerou o ex-presidente dos Correios, o general de direita, Juarez Cunha, alegando que o mesmo estava tendo conduta de “sindicalista”, ou seja, na prática, esta ala dos militares estaria contra a privatização para que ela mesma, como já fez por muito tempo, pudesse administrar os Correios, e colocou um general de extrema direita, Floriano Peixoto, que ocupava a secretaria geral da Presidência.
Para reverter o quadro somente com a mobilização geral e a greve de 100% da categoria é possível enfrentar os ataques dos golpistas, para derrotar o governo é imprescindível iniciar a luta já, cruzando os braços dia 13 de agosto, reforçando a mobilização nacional dos trabalhadores e mostrando ao governo capacho dos EUA que os trabalhadores não vão entregar a ECT para os sanguessugas do capital internacional.