Além da importância que o Manifesto teve para o movimento operário e para a libertação dos povos, sua publicação, e, podemos dizer, sua leitura, torna-se bastante importante nestes dias em que o “nosso governo” procura acabar com todas as conquistas do movimento operário: fim da legislação trabalhista, sucateamento da Previdência Social, ameaça às férias remuneradas dos trabalhadores, etc.
Tudo isso foi conquistado por meio de uma intensa luta da classe operária; luta essa que resultou em prisões, mortes e todo tipo de repressão que se possa imaginar, resultando, por fim, em determinadas conquistas que agora querem arrebatar do trabalhador.
O Manifesto foi uma reelaboração de um texto escrito por Engels, intitulado Princípios básicos do comunismo (1847). Dessa reelaboração, que contou com a direção de Marx, surgiu o Manifesto do partido comunista. Foi escrito para a Liga dos Comunistas e viria a se tornar um programa internacional para a luta da classe operária e uma das obras mais traduzidas e lidas no mundo em todos os tempos.
O programa para a luta operária parte do princípio de que a história das sociedades é a história da luta de classes.
O texto começa com uma descrição histórica da luta de classes, que culmina, na época em que foi escrito (e ainda hoje) na oposição de morte entre burguesia e proletariado. E termina convocando o proletariado de todo o mundo para a união.