Devido ao elevado índice de acidentes e doenças ocupacionais até foi instituído o dia 28 de fevereiro de cada ano como o dia mundial de combate à Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT)
A situação é alarmante e os dados demonstram a total falta de interesse dos órgãos em obter dados mais precisos e num espaço de tempo mais curto, pois o levantamento efetuado é de 10 anos, ou seja, de 2006 a 2016.
Os dados do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) diferem e muito do realizado pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo (Fundacentro), tomando por base os dados levantados do INSS são setecentos e cinquenta mil acidentes e doenças ocupacionais ocorridos no ano de 2015, neste caso, englobando LER/DORT, a própria Fundacentro apresenta números que se aproximam de cinco mil, ou seja, mais de sete superior.
Os frigoríficos são um setor onde a ocorrência de afastamentos por LER/DORT, devido às condições desumanas estão entre os primeiros lugares.
Apesar de, nos últimos anos, os órgãos de saúde, como o INSS, por exemplo reconheceram os casos de LER e DORT, poucos casos são registrados como consequências dessas duas situações.
Nos setores da produção nos frigoríficos, bem como do abate, há uma gama de trabalhadores, os quais tem membros do corpo atrofiados, joelhos estourados, etc.
Apesar da disparidade dos números, conforme a Fundacentro o número de LER/DORT aumenta a cada ano e não há nenhum interesse em que a situação melhore, principalmente após o final do ano, onde o governo golpista está impondo o trabalho terceirizado, ou seja, o que já era uma situação de desespero para os trabalhadores, agora vai aumentar ainda mais.