Da redação – O Partido Comunista Brasileiro (PCB), que ficou quieto durante todo o golpe de Estado no Brasil, através do Impeachment fraudulento de Dilma Rousseff, agora está em euforia com a campanha lançada pela direita brasileira contra Bolsonaro, impulsionada pelo PSDB e pela Rede Globo.
Na época em que os movimentos de luta contra o golpe saíram às ruas para impedir a derrubada do governo de Dilma Rousseff, ou quando a direita golpista foi para ofensiva contra Lula, a fim de colocá-lo na cadeia, o PCB não participou de nenhum ato popular e de esquerda, alegava que não existia golpe, que o impeachment não passava de briga de quadrilhas, e por isso não queriam se misturar com a política de conciliação de classes do PT.
No entanto, agora que a direita brasileira, liderada pelo Imperialismo, criou o movimento #Ele não!, com fins completamente eleitorais, ou seja, transferir os votos de Jair Bolsonaro para o tucano e fascista Geraldo Alckmim, o PCB abraçou o movimento do PSDB, dando sua contribuição a esse movimento, com a tentativa de dar uma aparência de luta e de esquerda para mais um coxinhato da direita, agora com caráter totalmente eleitoral.
De 2014 a 2018 o PCB esteve totalmente inerte, foram 4 anos de total abstinência na política nacional, se escondendo das ruas para não se misturar com os “mortandelas”, termo direitista para designar aqueles militantes de esquerda que lutam nas ruas, no sacrífício, as vezes até passando fome.
Abstiveram da luta, quando de fato havia combate nas ruas entre a esquerda anti golpista contra a direita, fascista e golpista que se emblocava com integrantes do PSDB, PMDB, DEM e Bolsonaristas.
No entanto, agora que a direita precisa ir para o 2° turno das eleições presidenciais com o candidato preferencial do golpe, Geraldo Alckmin do PSDB, e para isso é preciso tirar os votos que Bolsonaro conseguiu arrancar dos eleitores de Geraldo Alckmin, o PCB entrou de cabeça na política da direita de atacar Jair Bolsonaro.
A direita que apoia Geraldo Alckmin precisa recuperar esses votos de Bolsonaro, e se apresentar como sendo democráticos, esconder o fascismo de seus governos dos eleitores, e o PCB é mais uma organização da esquerda que se propôs a ajudar os fascistas do PSDB.
O PCB que durante o golpe, quase não escreveu contra os golpistas, agora se esbaldam para chamar todas as forças de direita que convocaram o #Ele não! de forças progressivas da sociedade, que formam junto com a esquerda pequeno burguesa uma frente antifascista.
O PCB caracteriza a direitista Ana Mélia do DEM, que disse que os tiros à caravanas de Lula no Sul do país, uma atitude normal de seus amigos fascistas, de progressista, e antifascista. Uma piada de mal gosto.
O entusiasmo do PCB com o movimento eleitoral do PSDB contra Bolsonaro só comprova a ideia que o PCB é uma partido desorientado, sem defender os interesses da classe trabalhadora, por isso da facilidade com que a direita colocaram sua agremiação a serviço dos interesses eleitorais dos golpistas.