Os frigoríficos são considerados pelas pesquisas que retratam sobre as condições de trabalho e saúde dos operários, um dos primeiros em doenças e acidentes do trabalho.
O ramo frigorífico, de bate de aves, a situação beira a afetar a quase totalidade dos trabalhadores, em termos de doenças, mutilações, etc.
Para se ter a ideia da situação, em apenas seis meses de trabalho, um jovem pode se tornar um inválido, ficar com as mãos atrofiadas, se tornar um imprestável.
Os patrões os obrigam a trabalhar em um ritmo insuportável por um ser humano, acelera a velocidade do maquinário para poder dar conta da produção, ou fazer, em apenas um minuto e trinta segundos sete filets de coxa de frango.
Em fiscalização em um frigorifico do grupo JBS/Friboi, em uma cidade de Santa Catarina, verificou-se que mais de 85% dos trabalhadores tinham contraído alguma doença ocupacional e sofreram acidentes.
Essa atrocidade se dá por falta de condições mínimas de trabalho, maquinários sem manutenção, proteção de segurança, falta de pausas para descanso, como estipulado em lei, o total desrespeito à legislação trabalhista, a consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ou seja, os patrões mesmos fazem suas leis dentro de cada frigorifico, a legislação são eles e seus capatazes (encarregados, gerentes e o setor de recursos humanos).
Os trabalhadores são feitos de escravos por esses patrões que financiaram o golpe de estado no país para aumentarem, ainda mais seus ganhos, suas contas bancárias.
É necessário, para combater as arbitrariedades dos patrões, a formação de comitês de luta contra o golpe, por todo o país, seja nas fábricas, nos bairros, nos diversos municípios, estados, bem como no campo, pois somente com a derrubado do golpe é que será possível a mudança dessa situação de escravidão imposta pelos patrões.