A diretoria golpista dos Correios, em reunião realizada no dia 27 de fevereiro de 2018, decidiu pelo fechamento de 714 agências próprias dos Correios.
O documento justifica o fechamento das agências como sendo uma política de contenção de despesas o fechamento das agências, partindo da lógica mentirosa de que os Correios não dá lucro, pelo contrário a empresa teria um déficit de mais de 2 bilhões de reais.
No entanto, na lista de agências que serão fechadas, estão agências que possuem uma alta lucratividade, e na sua maioria, agências que estão localizadas em grandes centros comerciais, próximos de agências franquiadas (que são administradas por terceiros).
O fechamento das agências irão privilegiar os negócios das agências franquiadas dos Correios, que terão exclusividade na atividade postal no país.
A reunião que era para ser sigilosa, confidencial, a fim de não chamar a atenção da população usuária do serviço dos Correios, para o desmonte que os golpistas estão praticando nos Correios, de todos os Estados da federação, “vazou” para imprensa golpista.
O jornal golpista, Estado de S. Paulo, publicou matéria em seu jornal, anunciando o fechamento de 513 agências com a demissão dos funcionários que trabalham nessa agência, o que representaria hoje 5.300 trabalhadores de agências, conhecido como atendentes comerciais, que serão jogados para o “olho da rua”.
Depois de demitir mais de 10 mil funcionários dos Correios, através do PDV (Pedido de Demissão Voluntária) ou PDI (Pedido de Demissão Incentivada, os golpistas estão tentando retomar nos Correios o tempo obscuro das demissões sem justa causa.
Esse tipo de demissão, que foi muito usada na ditadura militar, e nos governos Sarney, Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso , vinha sendo anulado pela justiça do trabalho, pelo fato de existir uma jurisprudência que considera o funcionário dos Correios equiparado a um funcionário público, com estabilidade no emprego.
No entanto, com o golpe de estado no país, a “justiça” estão a cada dia que passa mais favoráveis aos patrões e a suas políticas de destruição do patrimônio público, visando favorecer os grandes capitalistas.
Por isso, diante desse brutal ataque anunciado pelos golpistas nos Correios, só resta a luta pela manutenção das agências e dos postos de serviço. É necessário a formação de comitês de luta contra o golpe e pela liberdade de Lula dentro dos Correios. Já que a privatização dos Correios só será derrotada se o golpe de estado for derrotado no País.