Há cerca de dois meses, o ex-presidente Lula foi preso pela direita golpista. Vítima de um processo incrivelmente fraudulento, Lula foi levado para a sede da Polícia Federal em Curitiba, onde está sendo tratado como um criminoso de altíssima periculosidade.
A prisão de Lula, como ficou óbvio, nada tinha a ver com a luta contra a corrupção. Lula foi preso porque é o único candidato de esquerda capaz de vencer as eleições deste ano. Sua vitória significaria uma grande derrota para os golpistas, de modo que sua prisão foi tratada como máxima prioridade pela burguesia.
Outras candidaturas, no entanto, vêm se colocando como alternativas para “melhorar o país”, ou para colocar o Brasil “nos trilhos”. No entanto, essas candidaturas não podem trazer outra coisa que não o sofrimento da população – são candidaturas intimamente ligadas ao golpe de Estado.
Ciro Gomes, Bolsonaro e Alckmin, que demagogicamente vêm se apresentando como representantes dos interesses da população, são os candidatos das bolsas de valores. Em pesquisa recente da DO Investimentos, esses foram os três nomes que surgiram como favoritos para os “investidores”.
Os chamados “investidores” foram diretamente responsáveis pelo golpe de Estado no Brasil. Ou seja, foram as bolsas que depuseram Dilma Rousseff e prenderam o ex-presidente Lula. Por isso, essas candidaturas são a continuidade do golpe e não merecem um pingo de confiança dos trabalhadores.
A única solução para o país é a mobilização contra o golpe: fortalecer os comitês de luta e enfrentar a direita golpista.