Segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), mas de 80% dos acordos e convênios celebrados no Brasil, entre patrões e empregados no ano de 2018, garantiram aumento real nos salários, com índices superiores ao INPC (ìndice Nacional de Preços ao Consumidor).
Os trabalhadores dos Correios que compõem uma categoria aguerrida de mais de 100 mil trabalhadores, organizadas em torno de 35 sindicatos e uma Federação (Fentect), com data base em agosto, assinou um acordo que apenas repõe no salário o falso índice inflacionário do período, 3,67%, conforme o INPC.
A burocracia sindical da categoria, representada pelo Bando dos Quatro (sindicalistas do PT, PCdoB, PSTU e diretoria do Sintect-MG – LPS) comemoraram o acordo, no momento em que os trabalhadores estão perdendo todo o seu poder aquisitivo, com inclusão de mensalidades em seu plano de saúde, que chega a mais de 10% nos seus salários brutos.
Também há um processo na empresa de sucateamento e retirada de direitos, visando a privatização da empresa, como a extinção de cargos como o de OTT (Operador de Triagem e Transbordo) além de fechamento de agências próprias da empresa.
O acordo assinado, sem que a combativa categoria tenha lutado com greve contra todos esses ataques (por conta da política capituladora de suas direções), e justamente em época de golpe de Estado serviu para que os golpistas tenham mais tranquilidade de ir aos poucos impondo o sucateamento da ECT (Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos), preparando sua privatização, o que ocasionará a demissão de milhares de trabalhadores na estatal e um enorme prejuízo para todo o povo brasileiro.