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A mulher do golpe

A “feminista” Tebet não teve “sororidade” com Dilma Rousseff

Como a "feminista" Tebet trabalhou para derrubar a única presidenta mulher da história do Brasil

Após meses de indefinição sobre que rumo o principal setor da burguesia buscaria dar para sua candidatura nas eleições presidenciais, surge o nome de Simone Tebet e a definição de uma campanha focada no identitarismo e na suposta defesa da mulher. 

O eixo central desta campanha feita por Simone Tebet, o nome da terceira-via para enfrentar os “extremos” de Lula e Bolsonaro, é a campanha destinada ao público feminino, o maior setor social votante na eleição nacional, como a mesma insiste em destacar. Acompanhado da política internacional do imperialismo em torno do problema da mulher, da campanha identitária e da pura demagogia eleitoral que foi também o eixo da campanha de Joe Biden para as eleições nos Estados Unidos, assim como, da política de invasões realizados pelo imperialismo em todo o mundo, a terceira-via estrutura sua campanha.

No entanto, com a chegada da campanha eleitoral fica claro os motivos da burguesia demorar tanto para lançar a sua candidatura de maneira decidida. Simone Tebet tem “telhado de vidro”, seja na sua política “anti-Bolsonaro”, seja na sua política identitária e de pura demagogia com o público feminino.

Tebet tem “telhado de vidro”

Como comprovado pela reportagem feita pelo Diário Causa Operária intitulada “Tebet quer Paula Guedes em seu Ministério da Economia“, Simone Tebet tem em seu “time dos sonhos” os criminosos políticos que fizeram todo o trabalho sujo no governo de Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer e também, Jair Bolsonaro, ou seja, uma continuação direta do que há de pior no regime golpista de conjunto.

Além disso, que comprova a sua política farsesca de “antibolsonarismo”, Simone Tebet sofre do mesmo problema na sua política em defesa da mulher. Sobre isso, não precisa resgatar nomes do governo FHC, mas sim, voltar há seis anos atrás, quando a própria candidata, naquele momento senadora, foi uma das principais figuras femininas que, acompanhando o bolsonarismo e toda direita golpista, aprovou o golpe contra a primeira e única presidenta eleita na história brasileira, Dilma Rousseff.

Dilma inclusive é uma figura que Tebet parece constantemente querer esquecer, chegando ao ponto de dizer que a mesma seria a “primeira” mulher a poder assumir a presidência da república. Contudo, durante todo o ano de 2016, Simone Tebet e seu partido MDB, formada pela quadrilha golpista a serviço do imperialismo, com figuras como Michel Temer e Eduardo Cunha, encabeçaram o golpe de Estado.

A mulher dos golpistas

Tebet não é apenas responsável pela derrubada de Dilma Rousseff, como também pelo resultado posterior ao golpe de Estado. Graças a sua política golpista contra Dilma, Simone Tebet possibilitou que milhões de mulheres, de mães como a mesma gosta de frisar, entraram na mais absoluta miséria. Graças a Tebet e seu partido golpista, que hoje o desemprego se alastra em grandes quantidades por toda classe trabalhadora, afetando sobretudo as mulheres e a juventude.

Sobre o golpe, Tebet afirmou em 2016:

“Há um muro muito grande a separar o povo brasileiro de seu futuro e é esse muro que venho a partir de hoje derrubar. É o muro da crise econômica, social e institucional, da instabilidade e da insegurança jurídica.”

Para a então senadora, a presidenta Dilma Rousseff haveria cometido crime de responsabilidade ao descumprir a meta fiscal. Contudo, a mesma não ficou escandalizada com a compra de votos descarada que Jair Bolsonaro vem promovendo com o chamado “pacote das bondades” de Paulo Guedes.

Na época Tebet disse “Venho com convicção afirmar ao Brasil que voto sim pelo juízo de admissibilidade desse processo de impeachment.” E com esta convicção, Simone Tebet derrubou a mulher presidenta que ela jura defender como um ideal de empoderamento. Naquele momento, não houve “sororidade”, não houve a defesa da “mãe” Dilma, não houve a defesa de uma mulher que havia chegado a um lugar que nenhuma outra chegou, a presidência da república. Naquele momento, Tebet comprovou ser uma mera serviçal dos grandes homens latifundiários, dos bancos e do imperialismo.

Hoje Tebet diz ser feminista, afirma que se solidarizou até mesmo com mulheres bolsonaristas quando “atacadas” verbalmente por adversários político. Tebet defende a mãe, as professoras, as mulheres de bem e até mesmo as mulheres da extrema-direita contra toda opressão, no entanto, o fator mais importante de todos não houve alteração. Em entrevista à Globo News Tebet destacou que não se arrepende de ter contribuído para derrubada de Dilma Rousseff, e se coloca não como a “mãe dos pobres” mas sim, a mulher dos golpistas.

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