Europa

Popularidade do governo alemão despenca

Desde que assumiu o cargo em maio, Friedrich Merz tem adotado uma postura agressiva em política externa, especialmente contra a Rússia

O primeiro-ministro alemão Friedrich Merz sofreu uma forte queda em seu apoio popular no último mês, segundo uma pesquisa realizada pelo instituto INSA. De acordo com o levantamento, 56% dos alemães desaprovam seu governo, enquanto menos de um terço dos entrevistados disseram estar satisfeitos com sua gestão.

Em junho, Merz contava com 36% de aprovação, e 45% de desaprovação, segundo o tabloide Bild, que encomendou a pesquisa. A coalizão governista, composta pela União Democrata-Cristã (CDU) de Merz e pelos sociais-democratas, também foi atingida: quase 60% dos entrevistados disseram estar insatisfeitos com o governo, em comparação com 44% no início de junho.

Caso as eleições ocorressem hoje, a CDU obteria 27% dos votos e os sociais-democratas 15%, o que tornaria inviável a formação de uma maioria parlamentar pela coalizão atual, segundo o INSA.

O maior partido de oposição da Alemanha, a Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema direita, aparece apenas três pontos percentuais atrás da CDU nas intenções de voto.

Desde que assumiu o cargo em maio, Merz tem adotado uma postura agressiva em política externa, especialmente contra a Rússia. A Alemanha prometeu 5 bilhões de euros para a produção de armamentos de longo alcance na Ucrânia. O primeiro-ministro também não descartou o envio de mísseis com capacidade de atingir a Rússia. No início de julho, Merz declarou que as opções diplomáticas para o conflito na Ucrânia estavam “esgotadas”.

A declaração levou Merz a ser criticado pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que o acusou de preferir a escalada militar à diplomacia.

A política agressiva de Merz também foi contestada pela oposição. “Ninguém entende por que Berlim financia armamentos para Kiev enquanto as necessidades internas não são atendidas”, disse a copresidente da AfD, Alice Weidel.

Em entrevista concedida à emissora ARD, Weidel condenou o aumento da ajuda militar a Kiev, enquanto o governo ignora demandas sociais internas.

Weidel destacou o contraste entre esses gastos e propostas engavetadas que beneficiariam diretamente os alemães, como a abolição do imposto sobre eletricidade. Segundo ela, essa medida teria custado ao Estado cerca de 5,4 bilhões de euros, valor similar ao que está sendo destinado à Ucrânia.

“O nosso governo, o governo de Friedrich Merz, entrega nove bilhões de euros em dinheiro dos impostos alemães à Ucrânia e agora quer comprar mísseis Patriot para eles por mais cinco bilhões. Ninguém entende mais isso”.

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