Oriente Próximo

Dezenas de milhares vão às ruas de Teerã luto por oficiais mortos

Em uma profunda demonstração de unidade e solidariedade nacional, cerimonias fúnebres de massa foram realizadas em todo o Irã na manhã de domingo

Em uma profunda demonstração de unidade e solidariedade nacional, cerimonias fúnebres foram realizadas em todo o Irã na manhã de domingo (29), com dezenas de milhares homenageando os mártires assassinados durante a criminosa agressão sionista contra a República Islâmica.

Entre os que foram sepultados estavam proeminentes comandantes do Corpo da Guarda da Revolução Islâmica (IRGC), incluindo o tenente-general Hossein Salami, que foi enterrado no santuário de Abdul Azim Hassani em Teerã. A cerimônia contou com a presença de uma vasta multidão que incluia altos funcionários, líderes militares e famílias de mártires.

O Brigadeiro General Ali Fadavi, vice-comandante do IRGC, presente na cerimônia, prestou homenagem ao compromisso inabalável de Salami, afirmando que ele “cumpriu todos os seus deveres com devoção e alcançou a honra máxima do martírio.”

Outras figuras importantes enterradas incluem o Tenente-General Amir Ali Hajizadeh, o Tenente-General Mohammad Bagheri, o Tenente-General Mehdi Rabbani e o Tenente-General Hassan Mohaghegh. Sua procissão fúnebre começou no cemitério de Teerã, Behesht Zahra, com cidadãos de todo o país presentes.

O fato reforça o imenso apoio do povo ao governo revolucionário islâmico, fato que contrasta com a propaganda imperialista, que caracteriza o governo iraniano como uma ditadura inimiga do povo. Esse fato foi destacado pelo presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta, durante um ato em apoio ao Irã ocorrido no sábado (28), na Academia Paulista de Letras. Na ocasião, Pimenta fez uma caracterização do papel da religião islâmica e na luta revolucionária do povo iraniano. Abaixo, reproduzimos um trecho na íntegra:

“O Irã é um país onde o clero xiita tem uma predominância muito grande sobre o regime político. Então, muita gente influenciada pela imprensa – uma usina nuclear de mentiras – procura apresentar a situação do país comparando isso com o Brasil, como se nós estivéssemos dominados pela Igreja Católica ou pelas igrejas protestantes. A vertente xiita do islamismo, porém, não é o catolicismo. Trata-se da religião de povos oprimidos. Vocês viram aqui a música que a gente mostrou que tem alto caráter religioso, mas é um caráter religioso revolucionário. Não devemos nos confundir. Essa confusão é altamente prejudicial. 90% do povo iraniano é xiita. Não é que eles são uma minoria. Se nós tivéssemos no Brasil, um governo dominado por essas igrejas, seria um governo de minoria, porque a maioria do povo brasileiro não segue essas igrejas. Os iranianos, não. Eles são xiitas.

A religião foi o veículo através do qual a maioria do povo iraniano combateu um regime criminoso, fascista do Xá Reza Pahlevi. Foi o clero xiita que dirigiu a revolução no Irã. Eles não chegaram depois para tomar o poder. Khomeini estava no exílio. Khamenei foi preso.

O clero xiita, na sua maioria, é um verdadeiro partido revolucionário no Irã. É religioso, não é comunista? Tudo bem, a vida é assim. Quantas vezes na história da humanidade a luta dos povos, a luta dos trabalhadores não se manifestou de forma religiosa? Até no Brasil, na América Latina, tivemos uma parcela do clero que era revolucionária. Nós temos padres da Igreja Católica, que é uma igreja profundamente reacionária, que foram dirigentes guerrilheiros na América Latina. Pegaram em armas.

A religião também é pode ser um veículo revolucionário e é preciso distinguir entre a religião do imperialismo, o protestantismo e o catolicismo, do Islã. Que não é o sistema religioso de nenhum país opressor. É uma religião de povos que lutam em todos os lugares. E de todas as facções islâmicas, os xiitas são os mais revolucionários. Então, não devemos nos deixar enganar pela campanha caluniosa contra a religião islâmica.”

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