Oriente Próximo

‘Israel’ aumenta número de postos militares na Síria e no Líbano

Imagens de satélite que exército israelense busca se instalar indefinidamente nos territórios ocupados

Nesta segunda-feira (31), o jornal norte-americano The New York Times (NYT) publicou matéria informando que “Israel construiu uma rede crescente de postos avançados e fortificações na Síria e no Líbano”, acrescentando que “há sinais de que Israel parece preparado para permanecer indefinidamente”, não considerando que autoridades israelenses já declararam que pretendem permanecer indefinidamente em ambos os países.

Imagens de satélite foram analisadas pelo NYT, nas quais foi observado que “os militares montaram torres de vigia, módulos habitacionais pré-fabricados, estradas e infraestrutura de comunicação, de acordo com moradores locais e as Nações Unidas”, acrescentando que “uma imagem tirada em janeiro de uma área perto da cidade síria de Jubata al-Khashab mostra equipamento pesado em ação e um muro perimetral recém-construído”.

As imagens revelam também que na chamada “zona de amortecimento” na Síria, “criada após a guerra árabe-israelense de 1973”, uma região que deveria ser desmilitarizada, “as forças israelenses tomaram posições e montaram bloqueios de estradas por todo o território”, configurando o maior acumulo dos invasores sionistas no país. As forças de ocupação, contudo, também invadiram território além dessa zona, citando o exemplo da captura de uma colina com vista para a vila de Kodana. Conforme um líder local, chamado Omar Tahan, “eles [israelenses dizem que é temporário, mas com base no que estão construindo, parece que estão se preparando para ficar por um tempo”.

Além disto, “nas últimas semanas, caminhões israelenses foram vistos operando ao longo da área de proteção”, noticiou o NYT, acrescentando que “uma foto do início de janeiro mostrou veículos de construção trabalhando perto da cidade de Quneitra”. O jornal informa também que  “imagens de satélite capturadas pelo Planet Labs em 21 de janeiro mostram um posto avançado construído recentemente e uma área de 75 acres arrasada [por retroescavadeiras] perto de Jubata al-Khashab”.

Conforme as imagens, postos avançados abandonados foram capturados pelas forças de ocupação, que lá construíram fortificações, torres de vigia, e um posto avançado “no topo de uma colina com vista para as cidades vizinhas de Hader, na Síria, e Majdal Shams, nas Colinas de Golã.

Quanto à invasão do Líbano, “Israel” continua a violar o cessar-fogo firmado ao final de novembro, segundo o qual as forças de ocupação deveriam se retirar do país ao fim de 60 dias. Os militares israelenses, porém, permanecem ocupando cinco pontos no sul do país, considerados estratégicos para a entidade sionista, locais onde foram construídos postos avançados, conforme imagens de satélite obtidas pelo NYT.

Em que pese o bombardeio israelense de localidades no Líbano, majoritariamente no sul do país, jamais tenham cessado durante o período do cessar-fogo, nesta semana as forças de ocupação voltaram a bombardear a capital, Beirute, assassinando e ferindo civis e destruindo propriedades.

Desde o início da mais recente guerra na Palestina, “Israel” não se limitou a atacar os palestinos. Ao todo, foram mais de 4 mil pessoas mortas e ao menos 16 mil feridas no Líbano, pelas forças de ocupação, assim como mais de 500 mortas na Síria.

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