A implementação do sistema de reconhecimento facial para fins de “segurança pública” no Rio de Janeiro em dezembro de 2024, após períodos de testes, resultou em 500 prisões pela Polícia Militar do Estado até o momento. Durante o carnaval, 12 pessoas foram presas com a partir do reconhecimento pelo sistema.
Trata-se de um sistema de videomonitoramento em vias públicas espalhados por mais de 260 mil dispositivos (câmeras e alarmes) pelo Estado, bem como 13.000 câmeras portáteis utilizadas pela PM. O núcleo central da área tecnológica da PM monitora, no caso do carnaval, áreas dos desfiles de escolas de samba, de blocos de rua e na orla marítima. Pontos turísticos, rodovias e estações de transporte coletivo também são monitoradas.
O sistema de reconhecimento facial está em vigor em outros estados e cidades no País. A medida estabelecida pela direita e extrema direita coloca o Brasil um passo a mais no sentido de uma ditadura fascista total. É uma vigilância permanente sobre a população, devassando a privacidade do cidadão, no sentido de criar meios de punir e amedrontar.
Os desmandos judiciais e o aumento da vigilância e repressão contra o cidadão, mostra claramente que o país corre em direção a um regime autoritário.