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Coluna

Próxima parada: a lata de lixo da História

As principais organizações brasileiras de esquerda ficaram caladas sobre a morte de Sinuar. Aonde isso vai levar?

Iahia Sinuar, figura lendária da luta palestina, chefe do Birô Político do Hamas e arquiteto da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, foi assassinado pelo Estado de “Israel” na última quarta-feira (16). 

É assustador passear pelos portais e perfis nas redes sociais dos principais partidos de esquerda no Brasil. Nem uma palavra! Nem uma palavra sobre a morte do principal dirigente do Hamas. 

De certa maneira, tal postura não deveria causar qualquer escândalo. Desde o 7 de outubro, a esquerda burguesa e pequena-burguesa fez questão de condenar ou ficar bem longe das organizações que travam a luta armada contra o sionismo-imperialismo. O PT falou em “terrorismo” das organizações palestinas, e partidos como PSTU, PCB e PSOL lançaram mão da farsa pela qual “apoiam” a luta palestina, mas “condenam” os “métodos” das organizações políticas palestinas.

O problema é que, com o avançar dos acontecimentos, com o aumento da pilha de cadáveres palestinos, na maioria mulheres e crianças; com o aumento das tensões entre “Israel” e os países árabes do entorno (Irã, Líbano e Iêmen, especialmente); com o avanço das conquistas das organizações de luta palestinas e árabes ― com tudo isso, espera-se, ao menos, alguma elevação na compreensão e significado da luta que se trava no Oriente Médio. Mas não! Essa esquerda permanece estacionada na mesma posição que se encontrava no início dessa etapa da luta política em curso. 

Se tal postura já era vergonhosa nos primeiros dias após o 7 de outubro de 2023, o que dizer dela hoje, passado mais de um ano do episódio?

As principais organizações brasileiras de esquerda ficaram caladas sobre a morte de Sinuar porque continuam condenando, velada ou explicitamente, o Hamas, isto é, a organização que enfrenta, de armas na mão, e com um heroísmo digno da melhor tradição revolucionária, a criação monstruosa e artificial, produto das potências imperialistas, chamada Estado de “Israel”. 

Para os partidos que se reivindicam “socialistas”, “revolucionários” e “marxistas”, essa posição está além de qualquer vergonha ou embaraço. É mesmo já expressão de falência e decrepitude política e ideológica. O que há de pior para um partido revolucionário, que se pretende internacionalista, do que condenar justamente um partido que dirige e impulsiona uma revolução?

A cada progresso da revolução palestina, essa esquerda afunda mais ainda na lama. Ou melhor: se aproxima do seu destino inevitável, o lugar dos falidos políticos, dos que já não desempenham qualquer papel na luta ― a lata de lixo da História.

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