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Caribe

O bilionário sionista que manda no Haiti

Bilionário mantém o país como se fosse seu, controlando portos, militares, importação e exportação de matérias primas e tráfico de armas

Gilbert Bigio é conhecido como o único bilionário do Haiti. Junto com seu filho Reuven, de 48 anos, Bigio controla o GB Group que ele fundou em 1972. O alcance do conglomerado se estende a toda a economia haitiana, desde o fornecimento de materiais de construção e combustível até a oferta de necessidades domésticas como óleo de cozinha e alimentos. Ele também se ramificou para o lado dominicano da ilha.

Segundo a MintPress, ele, junto com outros dois cidadãos haitianos super-ricos, foram acusados de usar sua influência e poder descomunais no país “para proteger e permitir as atividades ilegais das gangues criminosas armadas” que vêm destruindo Porto Príncipe há anos. Bigio é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e trafico de armas, entre outras atividades ilegais, a maior parte através de um porto que ele mesmo construiu no Haiti, o porto Lafito.

Em abril de 2018, uma fonte com conhecimento do assunto informou ao jornalista independente Corey Lynn que o governo israelense auxiliou na construção do Porto Lafito, informa a MintPress:

“Ele pode entrar com qualquer coisa [no Haiti] que quiser… Ele também tem lobistas poderosos em Washington DC para ajudá-lo a manter o controle de seus ativos… Ele não permite competição e esmagará qualquer um que tente competir com tudo o que ele produz ou importa… [Bigio] tem um exército privado de cerca de 80 homens protegendo a si mesmo, sua casa e estabelecimentos. Ele também faz uso total de todas as forças militares, paramilitares e policiais do país. Cada chefe de polícia está em sua folha de pagamento.”

Em dezembro de 2022, o governo canadense impôs sanções a Gilbert Bigio e a outros dois grupos haitianos influentes, Reynold Deeb e Sherif Abdallah, sob os Regulamentos de Medidas Econômicas Especiais (Haiti). Essas sanções foram baseadas em acusações de “violações graves e sistemáticas dos direitos humanos” e apoio a “atividades ilegais de gangues criminosas armadas”, incluindo lavagem de dinheiro e corrupção. Certamente essas sanções não foram impostas porque o Canadá defende os haitianos, claramente devem existir interesses econômicos divergentes entre eles.

O professor de Estudos Latino-Americanos e Caribenhos Danny Shaw não tem dúvidas de que Bigio e outros como ele são fundamentalmente responsáveis ​​por encorajar e facilitar o colapso do Haiti. Ele disse ao MintPress News: “Apenas um pequeno e bem conectado grupo de senhores da guerra brancos completamente isolados das necessidades e da realidade de 99,9% da população haitiana tem os aeroportos, portos e contatos de fronteira privados necessários para contrabandear armas e outros objetos de contrabando para o país“.

“Indivíduos como Bigio têm sido historicamente intocáveis ​​em ambos os lados da fronteira. As elites da República Dominicana historicamente se uniram a líderes haitianos corruptos contra 99,9% da população da ilha. Os Bigios e um punhado de outras famílias multimilionárias, junto com seus políticos contratados, são um estado dentro de um estado. Muito do que ocorre na política haitiana, de golpes políticos a assassinatos seletivos, pode ser rastreado até a luta pelo poder que ocorre entre eles.”- acrescenta Shaw.

Segundo o jornal Medium a conexão da família Bigio com “Israel” abrange mais de um século, enraizada em sua herança judaica sefardita e entrelaçada com a história do Haiti e de “Israel”. Esse relacionamento começou com o pai de Gilbert Bigio, que emigrou de Aleppo para o Haiti em 1896 e desempenhou um papel no apoio do Haiti à condição de estado israelense durante a votação da ONU em 1947.

Os laços da família com “Israel” se solidificaram por meio da representação diplomática, com Gilbert Bigio servindo como cônsul honorário de “Israel” no Haiti por mais de duas décadas, posição posteriormente assumida por seu filho Reuven. Nos últimos anos Porto Príncipe “importa anualmente US$ 20 milhões em produtos israelenses, variando de equipamentos de telecomunicações a metralhadoras Uzi”, e a dupla desfrutava de “boas” relações, palavras do próprio Bigio para a Agência Telegráfica Judaíca.

“Como líderes de fato da pequena comunidade judaica do Haiti, os Bigios mantiveram conexões culturais e religiosas, sendo donos do único Sefer Torá no Haiti e participando de feriados e eventos judaicos. A profundidade da identificação da família Bigio com Israel é evidente na declaração de Reuven Bigio: ‘Israel para nós é a pátria-mãe. É a rocha. É como nos identificamos’. Esse sentimento ressalta seus laços emocionais e culturais duradouros com o estado judeu.” Aponta o Medium.

Ainda segundo a MintPress Bigio tem laços estreitos com o exército de ocupação israelense. Em 2010, quando um terremoto devastou o Haiti, imediatamente Telavive despachou uma equipe “humanitária” considerável do exército para ajudar os moradores e autoridades. Claro, tudo com segundas intenções. O filho de Gilbert, Reuven, gabou-se ao canal Jerusalem Post de que o “desejo de sua família de ajudar” a iniciativa de propaganda de “Israel” no Haiti “era incondicional”.

O golpe de Estado no Haiti em 2004 destruiu rapidamente as conquistas sociais e populares conquistas pelo governo de Aristides. Segundo o MintPress é possível que Bigio esteja diretamente envolvido na derrubada do presidente naquele ano, incluindo tentativas de golpes em anos anteriores.

A extensão total das conivências secretas que estimularam o golpe de fevereiro de 2004 no Haiti e as identidades de indivíduos e organizações influentes implicados no patrocínio, financiamento e treinamento de forças insurrecionais responsáveis ​​pela expulsão do amplamente amado Aristide podem nunca ser conhecidas. No entanto, Bigio tem sido considerado um orquestrador-chave da revolta insurrecional.

Atualmente Bigio mantém uma mansão gigantesca no Haiti com cerca de 80 seguranças particulares. Por outro lado, 50% da população é analfabeta e 76% das crianças menores de cinco anos estão abaixo do peso ou sofrem de crescimento atrofiado. Ou seja, os sionistas atacam não apenas no Oriente Médio, eles atuam em diversos países oprimidos pelo mundo, matando a população com violência e fome.

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