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Oriente Médio

Urânio empobrecido: ‘Israel’ ataca Líbano com armas nucleares

Armas têm a capacidade de penetrar fortificações, liberando gases tóxicos e contaminando o solo e a atmosfera com partículas radioativas

Em 6 de outubro de 2024, o presidente da Associação Libanesa de Medicina Social, Raif Reda, denunciou que “Israel” está utilizando bombas com urânio empobrecido nos subúrbios ao sul de Beirute, capital do Líbano. Segundo Reda, tais armas foram empregadas durante bombardeios que ocorreram em 27 de setembro, quando a força aérea israelense lançou cerca de 80 bombas de uma tonelada sobre prédios residenciais para assassinar o líder do Hesbolá, Hassan Nasseralá. Reda pede que amostras dos locais bombardeados sejam coletadas e enviadas para a Organização das Nações Unidas (ONU), como parte de uma investigação internacional sobre o uso dessas armas proibidas.

Bombas de urânio empobrecido têm a capacidade de penetrar fortificações, liberando gases tóxicos e contaminando o solo e a atmosfera com partículas radioativas. Os efeitos dessas bombas são duradouros, resultando em um aumento significativo de doenças como câncer e malformações congênitas, como já foi observado no Iraque, onde os Estados Unidos usaram essas armas em 1991 e 2003. Agora, o Líbano se junta a essa triste lista de países devastados por essas armas de destruição em massa.

Relatos da imprensa libanesa, como o jornal L’Orient Today, indicam que as bombas usadas por “Israel” são equipadas com ogivas feitas com urânio empobrecido. As munições mencionadas, como as bombas GBU-31 e BLU-109, são fabricadas nos EUA e já foram utilizadas por “Israel” em outras ocasiões, especialmente em Gaza. Um relatório submetido à Comissão de Direitos Humanos da ONU documentou o uso dessas bombas pela força aérea israelense em ataques a escolas, acampamentos de refugiados e mercados entre outubro e dezembro de 2023.

O uso de urânio empobrecido representa uma escalada significativa na guerra contra os povos árabes e reforça a tese de que as potências imperialistas estão cada vez mais dispostas a escalar conflitos regionais rumo a uma guerra total. Conforme análise recente feita pelo Diário Causa Operária (DCO), os Estados Unidos e seus aliados, como “Israel”, vêm armando-se para um conflito de grandes proporções. O uso de bombas de urânio empobrecido não é apenas uma estratégia militar, mas uma tentativa deliberada de devastar populações inteiras, transformando territórios em zonas de morte a longo prazo.

A experiência do Iraque com essas armas serve como um alerta trágico para o que pode ocorrer no Líbano. Pesquisas mostram que o uso dessas bombas levou a um aumento drástico nas taxas de câncer e malformações congênitas em áreas como Basra e Falluja. No caso de Falluja, estudos indicam um aumento exponencial de defeitos congênitos entre crianças após os bombardeios dos EUA em 2004. Esses defeitos variam de hidrocefalia, palatos fendidos, até tumores e deformidades severas. Os resultados desses ataques são devastadores não apenas no momento do impacto, mas por décadas.

Com o bombardeio de Beirute, “Israel” está repetindo o padrão que os EUA seguiram no Iraque: destruir infraestruturas civis, causar terror e devastação entre os povos, e deixar um rastro de destruição que se estende muito além dos danos imediatos. Além disso, o uso dessas armas cria um ambiente insustentável para a vida humana, impossibilitando a recuperação das regiões atingidas.

O bombardeio de Beirute com armas proibidas é mais um exemplo da impunidade com que “Israel” age, protegido e financiado pelo imperialismo norte-americano e europeu. Assim como no Iraque, a devastação causada por essas bombas não terá fim quando as últimas explosões se dissiparem, pois o solo, o ar e a água da região permanecerão contaminados.

Nesse sentido, a luta do povo libanês e do Hesbolá contra a agressão israelense é parte fundamental da resistência árabe contra o imperialismo. O assassinato de Hassan Nasseralá, líder da resistência libanesa, demonstra que “Israel” está disposto a usar todos os meios possíveis para eliminar seus inimigos e desestabilizar a região. No entanto, a história já mostrou que a resistência é capaz não só de sobreviver, mas de vencer, mesmo diante de ataques tão brutais.

É importante ressaltar que a luta do Líbano está conectada à luta do povo palestino. Ambos enfrentam o mesmo inimigo: um Estado sionista, armado e apoiado pelo imperialismo. Cada ataque em Beirute também é sentido em Gaza e na Cisjordânia, e a resistência, seja no sul do Líbano ou nas ruas de Hebron, é parte de uma mesma batalha pela libertação dos povos árabes.

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