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Oriente Próximo

Irã prende 12 pessoas acusadas de colaborar com o Mossad

Anúncio foi feito no último domingo (22) pela Guarda Revolucionária do país persa

Nesse domingo (22), a Guarda Revolucionária do Irã anunciou o desmantelamento de uma rede de espionagem afiliada ao Estado de “Israel” operando em seis províncias do país asiático. A Guarda Revolucionária afirmou ainda que prendeu 12 “agentes que colaboravam com o regime sionista”, envolvidos no “planejamento de ações contra a segurança” do povo iraniano por parte do Mossad.

Segundo os militares iranianos, os planos dessa rede de espionagem são parte de um projeto mais amplo de “Israel”, que, após os fracassos no campo de batalha, decidiu recorrer a uma série de medidas de inteligência contra o Irã dentro de seu próprio território.

“Como o regime sionista e seus apoiadores ocidentais, principalmente os Estados Unidos, não obtiveram sucesso em seus objetivos sinistros contra o povo de Gaza e do Líbano, eles agora estão buscando espalhar a crise para o Irã com uma série de ações planejadas contra a segurança do nosso país”, disse a Guarda Revolucionária em comunicado.

As prisões de domingo ocorreram após grandes ataques terroristas realizados por “Israel” no Líbano, ferindo milhares de pessoas e matando algumas dezenas. Agindo de maneira desesperada e criminosa, “Israel” detonou aparelhos eletrônicos como bipes e walkie-talkies, chegando a atingir o embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, que teria perdido um olho.

Após os ataques, voltaram a se espalhar os boatos de que o ex-presidente iraniano, Ebrahim Raisi, morto em um acidente de helicóptero, teria sido assassinado por “Israel”. De acordo com um membro do parlamento iraniano, Raisi carregava um bipe do mesmo tipo dos que explodiram na semana passada.

Em junho, os serviços de inteligência iranianos já haviam prendido um indivíduo sob acusações de afiliação ao Mossad e de colaboração com veículos de imprensa estrangeiros envolvidos em propaganda anti-Irã. O agente foi identificado e detido após várias estimular rebeliões diante da trágica morte de Mahsa Amini, de 22 anos, em setembro de 2022.

No mesmo mês, os serviços de inteligência iranianos detiveram outro indivíduo sob acusações de espionagem para o Mossad. O agente vinha mantendo contato próximo com oficiais de inteligência israelenses de alto escalão por meio das redes sociais e os enviou informações sobre o Irã sob o disfarce de um editor de notícias. O agente viajou por várias províncias em busca de refúgio e tentou deixar o Irã antes de ser capturado em uma operação surpresa na província de Ardabil.

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