Editorial

Ataques contra o PCO são parte de uma ofensiva golpista no Brasil

Sequestro do fundo eleitoral do PCO visa desarticular setor mais combativo da esquerda nacional

Conforme divulgado pelo Partido da Causa Operária (PCO) em nota oficial, até o presente momento, transcorrido mais de um terço do período reservado à campanha eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não liberou o fundo eleitoral do Partido. Ao contrário de legendas como o União Brasil e o Partido Liberal, conhecidos por abrigar alguns dos elementos mais abjetos da política nacional, o PCO, um partido de trabalhadores, que não é financiado por banqueiros nem é amigo dos donos dos grandes jornais, não recebeu um único centavo daquilo que é seu por direito.

Ninguém é tão ingênuo a ponto de ignorar o motivo pelo qual o PCO até agora está com seu fundo eleitoral. É o mesmo motivo pelo qual a agremiação teve as suas redes sociais suspensas em 2022 pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo mesmo motivo que seus dirigentes estão sendo processados pelos agentes do sionismo no Brasil e pelo mesmo motivo que teve o seu canal no YouTube desmonetizado. O PCO é um partido que incomoda os poderosos e está sendo alvo de uma sabotagem liderada pela ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE.

Para o Judiciário, que nada mais é que um porta-voz dos interesses do grande capital, o PCO nunca foi tratado com isonomia. O partido é perseguido desde sua origem. No entanto, o novo ataque contra o partido nã deixa de ter um significado especial, diretamente relacionado a luta política que está sendo travada no momento.

O imperialismo está preparando uma nova ofensiva golpista na América Latina. As sucessivas tentativas de desestabilização do regime venezuelano não deixam margem para dúvidas. Diante dos fracassos militares dos Estados Unidos e da União Europeia em frentes como a Ucrânia, a Síria, o Afeganistão e a Palestina, qualquer governante que não seja um psicopata neoliberal como o argentino Javier Milei estará na mira dos próximos golpes de Estado.

Ao que tudo indica, chegará a hora do Brasil voltar ao circuito do golpismo. O governo Lula está cada vez mais acuado, recusando-se a defender os seus aliados quando atacados, como visto no caso da Venezuela e do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), e ainda indicando inimigos políticos para cargos importantes, como é o caso do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Nessa situação, em que o imperialismo se prepara para uma nova ofensiva contra os trabalhadores brasileiros, uma primeira iniciativa decisiva é a de desarticular a vanguarda dos trabalhadores. É preciso calar aqueles que irão gritar no momento em que o golpe for deflagrado. É preciso calar aqueles que dirão: é hora de defender o governo Lula contra o imperialismo, não importa que política o governo esteja seguindo. É preciso calar aqueles que não cairão nas armadilhas e identitárias e sairão em defesa dos interesses do povo trabalhador.

É por isso que crescem os ataques ao PCO. Calar o partido da luta contra o golpe, o partido da luta pela liberdade de Lula e o partido da luta do povo palestino é uma questão chave para o imperialismo na próxima etapa. É sinal de que uma dura batalha virá pela frente.

É também por isso que os ataques contra o PCO devem ser defendidos não apenas por seus militantes, mas pelo conjunto da esquerda do País. A burguesia ataca o partido porque vê nesses ataques uma forma de fazer o seu projeto golpista avançar. É preciso reagir. A derrota da direita em sua tentativa de calar o PCO, seja por meio da censura, seja por meio da sabotagem do TSE, fortalecerá o conjunto do movimento dos trabalhadores em sua luta contra o golpismo na América Latina.

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