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Henrique Simonard

Membro do Comitê Central do Partido da Causa Operária (PCO) e militante da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR). Redator do Dossiê Causa Operária e colunista do Diário Causa Operária.

Coluna

Pequena nota sobre 500 anos de Camões

Precisamos ressaltar ainda mais a grandeza de Camões e dos bravos portugueses, sem os quais o mundo seria mais pobre, primitivo e triste, e sem os quais não haveria Brasil.

Luís de Camões, navegador, soldado e poeta maior da língua portuguesa, legou à humanidade uma obra imortal. Camões foi a personificação da Era dos Descobrimentos e de toda a bravura do povo lusitano. A nação portuguesa, pequena em território, mas grande de espírito, tomou para si os mares e partiu à conquista das Índias. A travessia do Atlântico, que hoje pode parecer banal, supera, em alguns aspectos, a ida do homem à lua. Camões foi a materialização do espírito aventureiro português.

Sua obra mais emblemática, “Os Lusíadas”, é uma epopeia que narra a grandiosa jornada dos navegadores portugueses, liderados por Vasco da Gama, até às Índias. Este poema não é apenas um relato das façanhas marítimas dos portugueses, mas também uma reflexão profunda sobre o destino, a glória, a condição humana e os conflitos éticos e morais. Camões eleva a epopeia à altura das grandes obras clássicas, como a “Ilíada” e a “Odisseia” de Homero, demonstrando uma maestria literária incomparável, e o impacto de “Lusíadas” é comparável ao das epopeias gregas. De certo modo, como escreve Camões, as supera. Os portugueses foram além:

Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandre e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.

Torquato Tasso, cem anos depois, queria ser o Camões da língua italiana. Queria escrever sobre as façanhas do cristianismo, escreveu Jerusalém Liberta, épico sobre as primeiras cruzadas pensando nos Lusíadas. Cervantes via o português aventureiro como cantor da civilização ocidental. Goethe também o admirava. E além da literatura, Humboldt e os naturalistas buscavam em Camões a inspiração para descobrir e descrever o mundo além da Europa.

Se hoje a propaganda norte-americana se esforça em denegrir a proeza das grandes navegações para envergonhar e acanhar os povos que dela surgiram, precisamos ressaltar ainda mais a grandeza de Camões e dos bravos portugueses, sem os quais o mundo seria mais pobre, primitivo e triste, e sem os quais não haveria Brasil.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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