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Amapá

Sábado: participe da plenária aberta do PCO em Macapá!

A plenária irá discutir os próximos passos da luta pela terra e pela moradia no estado, todos está convidados!

O Partido da Causa Operária (PCO) está atuante no estado do Amapá, especialmente nos movimentos Sem Terra e Sem Teto onde tem sofrido perseguição. Diante dessa realidade está convocando uma plenária para organizar a luta dos trabalhadores no estado. Ela acontecerá no sábado, dia 15 de junho,  às 17 horas, no bar do Diguinho, no bairro Infraero 1.

A luta dos trabalhadores do Amapá

A luta pelo teto tem se tornado a única oportunidade para que milhares de macapaenses tenham acesso à moradia própria. Bairros populares são abertos principalmente na zona norte da capital amapaense, mas como sempre, sendo reprimidos por forças policiais e pelo judiciário favor da especulação imobiliária. É o caso da ocupação Nova Colina, próxima à rodovia estadual Ap. 070.

A Prefeitura de Macapá até visitou a área, não para regularizar ou resolver a situação dos trabalhadores, mas somente para “comprar” um perímetro para passagem de acesso a residenciais de luxo da vizinhança.

Atualmente com demandas judiciais não resolvidas e sem ato favorável, seja do município de Macapá ou do estado do Amapá, as famílias sem-teto continuam na luta diária em manter um teto para morar. O município deve resolver a situação desses trabalhadores, mesmo que para isso seja necessária pressão popular.

Nos campos amapaenses a situação dos trabalhadores não é diferente. A especulação imobiliária humilha, expulsa, violenta e até mata trabalhadores e caboclos das regiões onde os latifundiários plantam suas monoculturas. A Comissão Pastoral da Terra em suas publicações considera que a violência no interior do Amapá tende a aumentar.

A privatização dos rios

No município de Pracuúba, região de enormes fazendas, os ribeirinhos estão proibidos de pescar nos rios. Dois foram mortos com tiros na nuca em 2022 e, segundo moradores, o motivo foi a proibição da pesca nos rios da região, local de maior concentração de lagos do Amapá.

No distrito de Santa Luzia do Pacuí, município de Macapá, um latifundiário parente de Davi Alcolumbre cerca rios e igarapés proibindo ribeirinhos buscarem alimentos. São famílias que estavam radicadas no local desde os anos 1890, como é o caso do tio do dirigente do PCO do Amapá, Jairo Palheta. Conhecido como “peixinho”, teve uma arma apontada para sua cabeça por um policial aposentado e a serviço do fazendeiro “mais forte” da região, para que se retirasse do rio porque o “dono do rio Picuí” proibiu pesca ali.

Ministério Público Estadual até foi ao rio para averiguar essas atrocidades, mas devido Davi Alcolumbre controlar a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania todos os processos criminais contra ele e seus familiares ou foram engavetados, ou colocados como segredo de justiça para que a população não tenha conhecimento.

Desde outubro de 2023, quando num acampamento da Frente Nacional de Lutas policiais militares e policiais civis atearam fogo em lonas, louças, roupas, equipamentos agrícolas de sem-terra na região do “Paulo” o movimento tem se esmerado para denunciar e assegurar que os trabalhadores tenham acesso ao um lote para produzir alimentos e morar.

Organizar a luta dos trabalhadores

Mesmo sob o comando de um governo Lula, a reforma agrária não avança dada a pressão do latifúndio. Jairo Palheta, coordenador da FNL no Amapá, afirma que o “agronegócio avança sem dó nem piedade sobre os menos favorecidos, usando a máquina estatal, seja municipal ou estadual”.

Diante de tal realidade da opressão da população do Amapá, tanto no campo quanto na cidade, o PCO está organizando uma plenária no dia 15 de junho,  às 17 horas, no bar do Diguinho, no bairro Infraero 1. O Partido fará uma plenária aberta onde serão discutidos principalmente as duas frentes da luta por moradia e por terra para trabalhar.

Palheta convoca todos: “precisamos conscientizar os trabalhadores de que este sistema capitalista não favorece a justiça social. Que ele limita não só o crescimento social como econômico do Amapá, do Brasil e da humanidade. É um sistema limitante”.

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