Valéria Guerra

Jornalista (UMESP), historiadora, atriz com DRT-RJ, escritora, colunista do 247, PCO, e do meu site (https://guerraluz.prosaeverso.net/); mestre em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação; professora do Estado do RJ na cadeira de biologia, poetisa e ativista contra a desigualdade no Brasil e no mundo.

Coluna

Mulheres na vitrine do capitalismo

"Mulheres burguesas com suas famílias burguesas ficaram na vitrine do bel prazer, nutridas de sombra e água fresca"

A Revolução Industrial mudou as bases do pensamento humano: e pariu uma sociedade de consumo, onde as mulheres também foram aferroadas.

Mas não foram todas elas.

Mulheres burguesas com suas famílias burguesas ficaram na vitrine do bel-prazer, nutridas de sombra e água fresca.

E o operariado feminino foi explorado amargamente. A fúria avassaladora dos caçadores de lucro não poupou seus esforços em subjugar a “fragilidade” feminina sob todos os ângulos. Quantas mulheres feneceram pelas mãos “invisíveis” do celerado Mercado?

Milhares, dentro de uma evolução histórica que não poderia ficar imperceptível aos olhos das alunas e alunos do Brasil e do mundo. A opressão é histórica, e o historiador olha para o fato e depois, como dever de ofício, o deixa translúcido diante dos cérebros humanos ávidos de saber, porém, sufocados pela sombra dos fascismos, machismos e outras ideologias nefastas.

O manancial historiográfico nos lega que em 25 de março, em Nova Iorque, ocorreu um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwais devido às portas trancadas, algumas pessoas saltaram pelas janelas o que as levou à morte assim como trabalhadoras morreram no local de trabalho. Estudos mostram que 146 pessoas morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens, na maioria judeus e jovens mulheres imigrantes. Alguns dizem que é lenda… será?

E se já não bastasse tudo isso existe uma vitrine de mulheres transformadas em mercadoria, e isso reflete o quanto o grande plano do capitalismo formatou homens e mulheres na forma da irreflexão: a contar a história das massas alienadas pelo hiperconsumo.

O modelismo, com seu esteticismo, criou um balcão de ilusões que fatiou o corpo e a mente do gênero feminino, mais desavisado a respeito da historicidade. E por isso, muitas meninas e mulheres apostaram suas fichas no mundo empresarial artístico, sendo levadas por raposas atravessadoras, até às garras de abutres, como o senhor “Stromboli” gerente da Ilha dos Prazeres, à guisa do que aconteceu com o Pinóquio no desenho da Disney, lançado nas telonas, em 1940.

O preço pago pelos efêmeros prazeres, ao final, seria ser transformado em burro, sob a pena de escravização eterna.

Espero, do fundo da minha alma, que todas as brasileiras e brasileiros conquistem o direito à igualdade social, através de um processo educacional digno e não eleitoreiro.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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