O Grupo Wagner entregou mais de duas mil peças de equipamento militar, incluindo centenas de armas pesadas, informou o Serviço de Imprensa do Ministério da Defesa russo nesta quarta-feira (12).
O tenente-general Igor Konashenkov, representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia, disse que o equipamento transferido inclui: tanques T-90, T-80, T-72B3, sistemas de lançamento múltiplo de foguetes Grad e Uragan, sistemas de mísseis antiaéreos Pantsir, sistemas de artilharia autopropulsados Gvozdika, Giatsint-S, Akatsiya e Tyulpan, obuseiros e canhões antitanques, morteiros, tratores blindados multiuso, veículos blindados de transporte de pessoal, bem como outros veículos e armas de pequeno porte.
Além disso, destaca-se que, entre os equipamentos transferidos, dezenas de unidades nunca foram usadas em condições de combate.
O Ministério da Defesa russo também recebeu mais de duas mil e quinhentas toneladas de diversas munições e cerca de 20 mil armas pequenas. Acrescenta-se que o Grupo Wagner transferiu os veículos pesados de esteiras, peças de artilharia autopropulsada pesadas e tanques para bases de campo em caminhões de rodas com plataformas para evitar danos às estradas de asfalto
Todos os equipamentos e armas são entregues em áreas da retaguarda, onde as unidades de reparo e recuperação das Forças Armadas da Federação da Rússia realizam sua manutenção e preparação para uso, enfatizou Konashenkov.
Na noite de sábado (24), na cidade russa de Rostov-no-Don, a sede do Distrito Militar do Sul foi tomada pelas forças e equipamentos do Grupo Wagner. Isso aconteceu após as declarações de Yevgeny Prigozhin sobre os supostos ataques das Forças Armadas russas contra os campos do Grupo Wagner, tendo tanto o Ministério da Defesa da Rússia quanto o Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia negado isso.
A rebelião armada foi interrompida graças às difíceis negociações que o líder belarusso Aleksandr Lukashenko conduziu durante todo o sábado, em acordo com Vladimir Putin. Como resultado, Prigozhin concordou em ir para Belarus, alguns dos combatentes que não participaram da rebelião se ofereceram para assinar um contrato com o Ministério da Defesa e o resto do Grupo Wagner não será perseguido.
Fonte: Sputnik