Os resultados eleitorais do primeiro turno mostraram a força do bolsonarismo no país. Ainda que Lula tenha saído na frente para o segundo turno nacional, fora do Nordeste, de alguns estados do Norte e de Minas Gerais, Bolsonaro teve a maioria dos votos válidos. Ou seja, nos estados mais industrializados do país, que concentram a maior parte da classe operária, ganhou a direita bolsonarista mesmo com toda a sua política profundamente anti-operária. Nas eleições parlamentares, o grande vencedor foi sem dúvida alguma o bolsonarismo, e tudo indica que, com Congresso Nacional mais direitista desde a “redemocratização” e controle do Senado, caso seja reeleito, Bolsonaro atacará os direitos dos trabalhadores de uma forma muito dura, muito mais dura do que durante seu governo. A única conclusão possível é que sua vitória seria um desastre para o país.
Apesar de todas as bizarrices acerca das eleições presentes nas redes sociais, caiu a ficha para muitos dos demais apoiadores de Lula de que a campanha eleitoral deve ser feita nas ruas, e que este é o único caminho da vitória. Não podemos tapar o sol com uma peneira, Bolsonaro e Lula estão parelhos na corrida eleitoral. No entanto, pode-se constatar até o momento que, apesar da grande vontade do povo de se mobilizar, faltam materiais eleitorais, panfletos principalmente, para que se possa fazer efetivamente a campanha por Lula presidente. Por exemplo, diversos companheiros do PT já entraram em contato conosco para que lhes enviemos panfletos.
Enquanto isso, a burguesia se mobiliza de maneira intensa em prol do presidente ilegítimo; para além de toda a gigantesca operação de compra de votos (PEC dos auxílios e o orçamento secreto) que ultrapassa a casa da centena de bilhões de reais, Bolsonaro tem recebido muitas doações de “pessoas físicas” ultrapassando a casa de cinquenta milhões de reais, enquanto isso a campanha de Lula mal conseguiu arrecadar dois milhões de reais no segundo turno. Há uma intensa pressão dos patrões para que os trabalhadores votem no seu candidato, Jair Bolsonaro; algo evidenciado pela quantidade de denúncias de abusos eleitorais que já passaram do milhar, ou seja, é uma prática corrente e muito difundida. Não fosse só isso, as instituições, que boa parte da esquerda acreditava combater o bolsonarismo, tem deixado “o jogo correr”. Para todos os efeitos práticos, na verdade, o TSE e o STF têm se colocado do lado do bolsonarismo.
Neste cenário de intensa pressão patronal, somente a intensa mobilização da classe operária e demais setores oprimidos nas ruas é capaz de garantir a vitória do ex-presidente Lula. Somente com a presença de toda a militância da esquerda armada com um programa que dê conta das demandas sociais da população pobre, ou seja, munida de panfletos nos bairros populares lutando por todos os votos, o candidato petista será eleito, algo que o próprio Lula reconheceu no Twitter dois dias atrás.
Durante o primeiro turno, o PCO imprimiu e distribuiu mais de seis milhões de materiais dos mais diversos tipos pelo país todo, todos tendo como centro uma campanha política pela candidatura do ex-presidente. No entanto, o mísero fundo eleitoral ao qual o partido tinha direito acabou. Já conseguimos imprimir mais de dois milhões de panfletos para o segundo turno, no entanto, é necessário muito mais do que isso. Se almejamos estabelecer um “corpo a corpo” com a classe operária e disputar voto a voto, em especial nas regiões em que o bolsonarismo venceu o primeiro turno como, por exemplo, em Itaquera na cidade de São Paulo, é preciso levantar fundos para a impressão dos materiais e levar adiante a guerra pela candidatura de Lula.
Por isso, pedimos aos companheiros que contribuam como puderem para a nossa Campanha Financeira, para que lutemos nas ruas por um governo dos trabalhadores adequadamente equipados. As doações podem ser feitas por meio do sítio do doe.pco.org.br ou por meio do pix do Centro Cultural Benjamin Péret 14.314.737/0001-93 (CNPJ). Além disso, convidamos os companheiros que estiverem dispostos a fazer a campanha de Lula conosco nas ruas e nos bairros populares a entrarem em contato com militantes do PCO que conheçam, por meio das nossas redes sociais ou por meio do número (11) 99741-0436.
