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Nesta segunda-feira (29), o embaixador russo na Organização das Nações Unidas (ONU), Vassily Nebenzia, afirmou que os países ocidentais não ajudaram economicamente o Afeganistão da mesma forma que a Rússia fez durante o período soviético e deixaram uma situação de calamidade no país.
Em sua declaração, o diplomata russo ressaltou que mesmo com um amplo esforço militar ocidental, a situação afegã continuou um desastre.
“Todos esses anos temos ouvido constantemente sobre os esforços dos colegas Ocidentais para fortalecer a capacidade de combate das forças de segurança nacional afegãs, seu treinamento efetivo e controle sobre a situação de segurança. Neste contexto, a situação socioeconômica no país permaneceu desastrosa”, disse.
O embaixador russo lembrou que, durante período soviético, mais de 140 empresas foram criadas no país, incluindo empreendimentos no setor industrial afegão.
Washington gastou mais de US$ 140 bilhões (cerca de R$ 704 bilhões) na tentativa reconstruir o Afeganistão durante a ocupação que durou a maior parte das últimas duas décadas. Apesar disso, o processo foi marcado por corrupção e desperdício, de acordo com diversas auditorias de inspetores especiais dos Estados Unidos.
Essa semana marca o aniversário de um ano da saída dos EUA do Afeganistão. Em 31 de agosto de 2021, o Pentágono confirmou que seus soldados deixaram o país, ainda devastado pela guerra deflagrada após os ataques de 11 de setembro de 2001. A saída norte-americana do Afeganistão foi o capítulo final de um conflito de 20 anos contra o Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista), que retornou ao poder após o fim da ocupação dos EUA.