As bancadas do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados e Senado Federal lançaram o livro “Memorial da Verdade: Por Que Lula é Inocente e Por Que Tentaram Destruir o Maior Líder do País”.
O livro e a plataforma digital Memorial da Verdade rechaçam as acusações de corrupção emanadas da cadavérica Operação Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT. São desmentidas as acusações de roubo da Petrobras e se discute a implacável perseguição às lideranças petistas por parte da direita organizada no aparelho judiciário.
O centro da argumentação do livro é esclarecer os fatos e revelar a farsa judiciária que culminou na prisão política de Lula por mais de 580 dias na Polícia Federal de Curitiba (PR). Por sua vez, Lula aparece como primeiro colocado em todas as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2022, muito acima de Jair Bolsonaro (ex-PSL, sem partido), João Doria (PSDB), Henrique Mandetta (DEM), Ciro Gomes (PDT) e do próprio juiz responsável pela condenação de Lula, Sérgio Moro.
O livro também narra a sequência de vitórias obtidas por Lula, que culminaram na anulação das sentenças e a restituição de seus direitos políticos, e aponta as violações de direitos processuais, fraudes judiciais e abusos de diversos tipos da Operação Lava Jato.
O jornal golpista Folha de S.Paulo, na matéria “PT mistura fatos com distorções para tentar se desvincular do petrolão e mensalão”, publicada em 16 de outubro, parte para a ofensiva contra o Partido dos Trabalhadores. A Folha sustenta que o Partido dos Trabalhadores é sim responsável por casos de corrupção e Lula, na qualidade da principal liderança partidária, é igualmente responsável e criminoso, embora não haja provas e as sentenças estejam anuladas.
Chama a atenção que a Folha se destaca no ataque ao PT e Lula, com as tradicionais acusações de corrupção na Petrobrás e trazendo à tona a fraude judiciária do Mensalão. Contudo, este mesmo jornal burguês tem Guilherme Boulos no seu quadro de colunistas. O político do PSOL é funcionário da Folha de S.Paulo, condição que inaugurou na época do impeachment de Dilma Rousseff (PT), quando chamava à luta contra o Ajuste Fiscal como grande luta do povo, em pleno avanço da conspiração golpista contra o PT. Boulos foi líder do movimento Não Vai Ter Copa, uma campanha organizada pela direita no processo de preparação do golpe de Estado.
O livro lançado pelo PT desmente as mentiras divulgadas pela Folha de S.Paulo contra Lula e o PT, o que é um direito legítimo de defesa de quem está sendo sistematicamente acusado. O que a Folha queria, que o PT apanhasse calado e fosse acusado de diversos tipos de atos de corrupção sem se defender e rebater as acusações?
O que está por trás da matéria da Folha é a campanha da burguesia contra a candidatura do ex-presidente Lula. A burguesia não quer que Lula seja eleito à presidência da República em nenhuma hipótese e está dedicada ao impulsionamento da candidatura da “terceira via”.
Conforme as eleições presidenciais de 2022 se aproximam, o consórcio da imprensa capitalista (Globo, Estadão, Folha) vai intensificar a campanha de calúnias e difamações contra Lula. A ideia é atacar sua candidatura por todos os lados, tentar rachar sua base eleitoral e diminuir a popularidade do ex-presidente.
No processo do golpe de Estado de 2016, a Folha se destacou na campanha de ataques direitistas ao Partido dos Trabalhadores, à esquerda e às organizações operárias e populares.Todos os tipos de acusações foram lançados contra o governo de Dilma Rousseff (PT), até que finalmente o governo foi derrubado por uma conspiração. Guilherme Boulos cumpriu o papel de atacar o governo “pela esquerda” e dizia que o governo Dilma era “indefensável” e até mesmo prometeu radicalizar com o MTST.
A prisão política de Lula também foi estimulada e apoiada pelas matérias publicadas pela Folha de S.Paulo. Uma vez que a fraude eleitoral de 2018 se consumou, o jornal burguês se dedicou a “colocar na linha” o governo Jair Bolsonaro.
É preciso rebater publicamente todas as mentiras da Folha e denunciar seu caráter direitista, golpista e atrelado aos interesses do imperialismo mundial, em particular do norte-americano. É um dever de toda a esquerda nacional denunciar as mentiras contadas pela imprensa golpista, rebater suas calúnias e difamações. É preciso semear a desconfiança dos trabalhadores nos veículos de imprensa dos seus inimigos de classe, os capitalistas.