O Brasil atinge mais um triste recorde de mortes pelo coronavírus no Brasil, em 24 horas foram 4.211 atingindo 337.364, desde o início da pandemia óbitos na última terça-feira (06/04) e 13.107.058 de contaminados. Isso somente com os dados oficiais onde sabemos que os números são bem maiores, devido à subnotificação do governo federal, estaduais e municipais, bem como, dos órgãos do próprio governo que realizam tais dados.
E dados ainda mais assustadores são que de acordo com o ritmo que os governos e prefeitos estão atuando, onde é vacinado por dia 300 mil pessoas por dia, considerando-se que a vacina é aplicada somente de segunda a sábado, à expectativa de que o conjunto da população venha a ser vacinada pode ultrapassar dois anos.
A ingerência imperialista
O governo brasileiro do fascista Bolsonaro, bem como, dos demais governos, tanto estaduais, como municipais, a exemplo do “científico” governador de São Paulo, João Doria Jr., em ralação à pandemia, desde o início, vem disputando para ter a paternidade da vacina, que é importada da indústria farmacêutica de outros continentes, mas nenhum deles conseguem, apesar da “guerra” trazer vacina para imunizar a população e, isso tem a ver com a atitude genocida com que agem com a saúde da população, bem como, o total desinteresse ou qualquer preocupação, de fato com essa população, mas também com os grandes monopólios farmacêuticos e os países imperialistas.
Conforme Prensa Latina do dia 24 de março há uma denuncia em um artigo que o Brasil foi obrigado a descartar a vacina russa Sputnik V. No artigo diz que de acordo com o relatório do governo norte-americano, preparado na administração de Donald Trump mas que sem mantém no governo de Joe Biden, revela que Washington pressionou o Brasil a descartar a compra da Sputnik-V, uma vacina anti-Covid-19 desenvolvida pela Rússia.
As informações apareceram em um documento do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) do norte do país sobre as medidas tomadas em 2020, recentemente citado pelo The Washington Post e ampliado pela mídia local.
O portal de notícias G1 garante que o HHS é responsável pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças e pela Administração de Alimentos e Drogas, um órgão regulador similar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil.
O Lobby da indústria farmacêutica
Outra situação está relacionada diretamente com o atual governo norte-americano. Em seu artigo de 20 de março, o Intercept Brasil relata que o Governo de Joe Biden está sendo pressionado a punir países como Hungria, Colômbia, Chile, entre outros, por estarem tentando aumentar a produção de vacinas e medicamentos contra a covid-19 sem a permissão expressa das empresas farmacêuticas.
As sanções estão sendo exigidas pela indústria, que apresentou centenas de páginas de documentos ao Escritório do Representante de Comércio Exterior dos Estados Unidos, descrevendo a suposta ameaça representada pelos esforços para desafiar as “proteções básicas de propriedade intelectual” em resposta à pandemia do coronavírus.
Os países imperialistas, bem como, os chamados ricos, que, estimados em 16% da população mundial, já garantiram mais da metade de todos os contratos de vacina contra a covid-19, no entanto países considerados de baixa renda vão sofrer com a pandemia durante os anos de 2021 até 2024. De acordo com o artigo indicam que países Mali, Sudão do Sul e Zimbábue, podem não atingir níveis significativos de vacinação até o início de 2024.
Desta forma, como vem ocorrendo, principalmente no Brasil, onde não há insumos básicos para atendimento aos pacientes vítimas do coronavírus, leitos, hospitais, sejam os regulares, ou de campanha, além da falta de profissionais da saúde, milhões de pessoas ainda irão morrer, não porque não há vacina, mas porque o caos que vemos hoje no Brasil aumentará exponencialmente, em vários outros países do continente.
O que está sendo colocado para os países é que os monopólios da indústria farmacêutica estão pressionando os países ricos para que impeçam os países pobres de acessarem as vacinas, além disso os países ricos compram mais vacinas do que precisam e os pobres não têm dinheiro para comprar as vacinas. Isso leva à necessidade dos países terem deles mesmos produzirem suas próprias vacinas.
Estão envolvidos no lobby para evitar que qualquer empresa, que não seja uma das ligadas às associação Pesquisa e Produção Farmacêutica da América, ou PhRMA, outro grupo de lobby do setor, representam as maiores empresas farmacêuticas do mundo, incluindo Pfizer, Gilead Sciences e Johnson & Johnson.
É preciso quebrar as patentes
Uma das medidas mais eficazes nesse momento para a ampliação da quantidade de vacinas disponíveis no mercado hoje é a quebra das patentes. Isso poderia permitir que outros laboratórios, em particular os estatais, pudessem ter acesso para melhorar a pesquisa e a eficácia das vacinas e iniciar uma produção massiva das vacinas sem a ingerência dos grandes monopólios de medicamentos que estão lucrando com a saúde, as mortes e o desespero da população mundial. O monopólio da produção dessas vacinas, impede que os outros que desenvolvam com os mesmos métodos e tecnologia. Isso é um absurdo, porque estamos tratando de salvar a vida de milhões de seres humanos, não se pode haver propriedade privada sobre o desenvolvimento de vacinas. Por isso os países pobres como o Brasil são agora obrigados a quebrar essas patentes e produzirem eles mesmos essas vacinas, quebrando assim uma das amarras que os impedem de vacinar o povo.