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Reforma da Previdência: fracasso retumbante da política de resistência

Nessa semana, a reforma da Previdência foi aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados. A vitória dos golpistas foi ainda maior do que no primeiro turno: nove votos inicialmente contrários à reforma se converteram em favor do roubo da aposentadoria de toda a população.

A aprovação em segundo turno da reforma da Previdência é mais uma derrota para a esquerda nacional e para a população de maneira geral. Agora, a votação irá para o Senado, que é dominado pelos setores mais reacionários do dos estados, e, se aprovada, passará a entrar em vigor.

Esse ataque aos direitos dos trabalhadores, assim como os demais que vêm acontecendo desde a ofensiva da burguesia após o golpe de 2016, está sendo levado adiante, em grande medida, por causa da política equivocada das direções das principais organizações da esquerda nacional. Ao invés de defenderem uma luta ininterrupta contra o golpe de 2016 – isto é, uma luta que unifique todos os explorados em torno da expulsão de todos os golpistas incrustados no regime político, tais setores vêm defendendo a política da “resistência”.

A “resistência” seria a organização do movimento popular para tentar barrar cada ataque que os governos golpistas desferissem contra a população. Essa política, no entanto, não pode resultar em nada diferente do fracasso.

Primeiramente, a resistência, por ter um caráter específico, nunca consegue atrair todos os setores para a luta contra a direita. Por exemplo, se a política levada adiante pelos estudantes for a de “resistir” à tentativa de privatização das universidades, dificilmente o movimento atrairá a categoria dos rodoviários. quem etá comandando os ataques à população é o imperialismo, isto é, os bancos dos países mais poderosos do mundo; portanto, dificilmente um setor específico da população, por maior que seja, conseguirá impedir que a direita tenha êxito.

Em segundo lugar, a “resistência” coloca a luta política em um plano defensivo, e não ofensivo. É necessário mobilizar os trabalhadores para derrubar o regime político e pôr fim de vez aos ataques que estão sendo desferidos. Enquanto o Estado permanecer nas mãos dos mesmos vigaristas, a população não terá um segundo de sossego. Por isso, é preciso, já, organizar um movimento que tenha como fim a derrubada de todos os golpistas.

É preciso aprender, mais uma vez, com a lição dessa votação da reforma da Previdência. Não será possível impedir que a direita avance com discursos no congresso, lobby parlamentar ou atos a conta gotas. Multiplicar, já. as mobilizações contra o governo ilegítimo. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

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