O Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), organizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), detectou 797 km² de desmatamento na Amazônia Legal somente no mês de maio deste ano, um aumento de 26% em comparação a maio de 2018 quando foi registrado 634 km².
O que chamou a atenção, além do aumento do desmatamento, foi que aproximadamente 1/3 do desmatamento ocorreu em áreas de unidades de conservação (34%), ou seja, que não poderiam ser desmatadas de maneira alguma. As informações do Imazon apresentam que A Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, no Pará, foi a UC mais desmatada, com 132 km². Ainda no mesmo estado, a Floresta Nacional do Jamanxim e a Estação Ecológica Terra do Meio também obtiveram números críticos: 23 km² e 12 km² de desmatamento, respectivamente.
Essas informações são importantíssimas porque o desmatamento está sendo impulsionado pelo Ministro da destruição ambiental, o fascista Ricardo Salles, que já divulgou a intenção de rever a criação de unidades de conservação, tamanho e classificação.
Esse resultado também é fruto dos cortes no orçamento dos órgãos ambientais e também na perseguição aos servidores que não estão alinhados com os bolsonaristas e sua política de destruição ambiental. Caso que ocorreu nesta semana, onde associações de servidores do Ibama de seis estados e o Distrito Federal denunciaram o assédio moral coletivo do fascista Ricardo Salles. Ou seja, os latifundiários e madeireiros sabem que não vão ser incomodados e sofrer nenhuma punição pelo desmatamento de áreas públicas e unidades de conservação.
O efeito do governo Bolsonaro na área ambiental é o maior desmatamento da história num curto espaço de tempo, principalmente dentro da região Amazônica.
A retirada do ministro da destruição ambiental Ricardo Salles não e suficiente. É preciso derrotar Bolsonaro e sua política de destruição ambiental, entrega da Amazônia para os Estados Unidos e a privatização das unidades de conservação para latifundiários e mineradoras.