O negócio é manter a audiência do circo. Com o avião presidencial do Bolsonaro traficando 39 quilos de cocaína para a Espanha e o Intercept jogando no ventilador as entranhas mais nojentas da Lava Jato, os procuradores federais amestrados de Moro, da república de Curitiba, esforçam-se em desviar a atenção dos fiéis com aquele assunto que rende e mantém a plateia salivando: Lula.
A última pirotecnia foi pedir ao TRF4, aquele tribunal do Sul cujos três desembargadores, todos comparsas da conspiração do Moro, têm leitura supersônica, capazes de ler 250 páginas da sentença do Moro em questão de minutos e elogiar como “irretocável”, que aumente a pena preconizada pela juíza copia-e-cola Gabriella Hardt, na sentença do caso do sítio de Atibaia. Os procuradores acham que 12 anos e 11 meses é pouco, já que Lula vai viver até os 150 e pode ainda voltar ao poder, que é o que a extrema-direita, que impregna todo o Judiciário, se borra de medo.
Ainda não há data marcada para o julgamento dos recursos de segunda instância acerca do sítio.
A perseguição a Lula não tem fim. As instituições estão todas no golpe contra o País, “com o Supremo, com tudo, com apoio dos militares”, disse um já célebre profeta do caos. O único jeito é combater as instituições nas ruas.