Ciro Gomes foi à Jovem Pan nesta terça-feira (25) defender a Lava Jato. Em plena crise do regime golpista e da criminosa operação Lava Jato, Ciro falou sobre as “conquistas” da Lava Jato: “estamos falando de 123 picaretas de alto coturno presos pela Lava Jato. Estamos falando de Geddel Vieira de Lima, Eduardo Cunha, Antônio Palocci, réu confesso”. E ainda aproveitou para atacar Lula, preso político e alvo da conspiração da direita dentro do Judiciário para persegui-lo. Ciro afirmou que “se tem um brasileiro que sabe que o Lula não é inocente sou eu”, embora nunca tenha levado provas para a Lava Jato, que nunca as encontrou.
Embora apareça para defender a Lava Jato a essa altura dos acontecimentos, Ciro Gomes tenta se apresentar como uma figura de esquerda quando chegam as eleições, buscando captar votos que costumam ir para o PT. Por isso chegou a falar, antes das eleições, que sequestraria Lula e o levaria para uma embaixada caso ele fosse preso. A prisão de Lula chegou, mas Ciro não o sequestrou nem o levou para embaixada nenhuma, limitando-se a contestar a ideia de que Lula seria um preso político, encobrindo as manobras da direita.
O problema é que há setores na esquerda que acreditam nesse tipo de encenação. Como aconteceu quando Ciro Gomes propôs uma “frente democrática” parlamentar com PSB e PCdoB, que visava “garantir a normalidade democrática” sob o governo de Jair Bolsonaro, ajudando a encobrir a manobra golpista da direita quando colocou Bolsonaro de forma ilegítima e fraudulenta no governo.
Agora Ciro Gomes demonstra mais uma vez não ser de esquerda, e vai além. Partiu para uma defesa desesperada da Lava Jato em uma rádio direitista, condenando Lula em suas falas, garantindo que o ex-presidente “não é inocente” com base em coisa nenhuma. Enquanto a Lava Jato desmorona, Ciro Gomes une-se dissimuladamente ao esforço bolsonarista de apoiar Sérgio Moro a qualquer custo.