O golpe de Estado que o Brasil sofreu passou por cima de todas as legislações possíveis, tanto com a deposição ilegal de Dilma Rousseff da presidência, quanto pela prisão do ex-presidente Lula, político que ganharia as eleições de 2018 se solto estivesse, com facilidade.
O debate jurídico em torno do problema, se era possível ou não prender o ex-presidente sem prova alguma, se existiu crime ou não nas chamadas “pedaladas fiscais” de Dilma, é todo ele aparente, posto que tudo está sendo decidido de maneira unilateral, pelos golpistas, em conluio, por mensagens de redes sociais, independente das leis.
É o que foi revelado pelo vazamento das mensagens trocadas pelo juiz Sérgio Moro, na época, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, e o procurador do power point, Deltan Dallagnol, que, por mensagens, tramaram para prender Lula, mesmo sem provas. Fizeram um esforço concentrado para levar Lula à prisão, independentemente da existência de crime. É um escárnio contra os direitos democráticos, especialmente, contra toda população.
Aqui é preciso ressaltar que desde o início de todos esses processos contra Lula, o PCO, através de seu Diário Causa Operária, vem denunciando que são todos processos-farsa, com o único objetivo de levar adiante o golpe de Estado, de levar adiante os interesses dos imperialistas no Brasil.
Foi um velho truque, utilizado, inclusive, nos tribunais do júri. Juiz e a acusação chegam a um acordo de como vão acabar com a vida do acusado. A defesa raramente consegue escapar desse conluio, que levou mais de 700 mil almas para o sistema penitenciário brasileiro.
Nesse sentido, o golpe de Estado não inovou. Os métodos de perseguição política, utilizados na ditadura militar e na inquisição, foram reciclados para os aplicativos de mensagens instantâneas. Rápidas o suficiente para fabricar uma decisão que não precisa de respaldo legal, não precisa de obedecer a Constituição Federal.
O povo quer Lula livre, que ele seja libertado da prisão ilegal. O povo queria que ele fosse candidato em 2018. Ao contrário da vontade popular, o Poder Judiciário, onde nem um único membro é eleito, tomou a decisão contrária, de prender Lula, sem provas.
O deboche do Poder Judiciário vai custar caro. As mobilizações tendem a crescer ao ponto de libertarem Lula, apesar do Judiciário. É preciso lutar pela liberdade do ex-presidente, apesar e contra o que determinou o Poder Judiciário, testa de ferro do golpe de Estado desde os primeiros momentos.