Na última terça-feira (28), a Venezuela assumiu a presidência rotativa da Conferência de Desarmamento da ONU, que é revezada por todos os países conforme ordem alfabética. Como forma de atacar mais uma vez o país governado por Nicolás Maduro, os EUA abandonaram o Fórum, sendo seguidos por seus fantoches: Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Guatemala, Honduras, Paraguai e Peru.
O governo títere de Jair Bolsonaro, por meio do Ministério de Relações Exteriores comandado pelo aloprado Ernesto Araújo, anunciou que não irá participar da Conferência enquanto a presidência for ocupada pelo representante legítimo da Venezuela, diplomata de Maduro em Genebra.
Robert Wood, o embaixador norte-americano no órgão, saiu da sala logo quando seu par venezuelano Jorge Valero, começou a discursar.
Trata-se de mais uma medida de pressão pelo golpe de Estado na Venezuela, uma vez que os EUA e seus cachorrinhos não reconhecem o governo legítimo de Maduro e, portanto, os seus representantes nos diferentes organismos internacionais.
Embora a intervenção militar tenha sido abortada, os ataques políticos, diplomáticos e econômicos contra a Venezuela continuam a todo o vapor, na tentativa de isolar o governo legítimo e popular de Maduro.
No entanto, mesmo alguns países imperialistas percebem que é preciso reconhecer (ainda que informalmente) Maduro como presidente. É o caso da Suíça, que na semana passada apresentou as credenciais de seu embaixador a Maduro.
Os mais enfáticos adversários de Maduro no cenário internacional continuam sendo o imperialismo norte-americano e seus fantoches do Cartel de Lima, composto por governos de extrema-direita impostos pelos EUA após golpes de Estado.
A investida imperialista se enquadra na tentativa golpista do início do ano, para derrubar Maduro por meio de um golpe de Estado e substituí-lo pelo capacho Juan Guaidó. Recentemente, o embaixador venezuelano na ONU, Samuel Moncada, denunciou que a própria legislação venezuelana prevê de 20 a 30 anos de prisão para quem pedir intervenção estrangeira contra seu próprio país, o que é o caso de Guaidó e seus comparsas golpistas da direita.