Depois de provocar catástrofe ambiental e social em Brumadinho, a antiga estatal Vale do Rio Doce, agora Vale SA, comandada por meia dúzia de capitalistas, assim como o governo da cidade, deixam 600 famílias do Acampamento Pátria Livre do MST à própria sorte com fome e com sede sem disponibilizar qualquer tipo de ajuda.
A lama vazada após o criminoso rompimento das barragens da mineradora, contaminou as águas do rio Paraopeba cujos peixes morrem pouco a pouco e inviabilizou a irrigação de terras preparadas há meses para cultura de alimentos.
As plantações de feijão, milho e leguminosas, que serviriam tanto para o sustento próprio quanto para o comércio de subsistência da comunidade dos trabalhadores sem-terra, foram totalmente liquidadas. A tribo indígena Pataxó, que divide o mesmo espaço com as famílias acampadas, também sofre com a água contaminada e escassez de peixes.
O descaso com as famílias do acampamento é flagrante e injustificável, uma vez que chegam doações a todo tempo em Brumadinho que deveriam ser disponibilizadas a todas comunidades atingidas. A negligência criminosa é explícita, pois são prestados apoio público e da Vale aos demais agrupamentos de pessoas atingidos.
É preciso que os movimentos populares se solidarizem e denunciem de forma veemente mais esta monstruosidade praticada pela Vale. Somente a luta através de grandes mobilizações pode tirar as riquezas minerais do Brasil das mãos dessa meia dúzia de criminosos e devolver ao povo. Lutemos pela reestatização da Vale do Rio Doce!