O documentário de Carlos Pronzato, “Mestre Moa do Katendê: a primeira vítima” denúncia a violência da extrema-direita, que vitimou de maneira brutal o capoeirista, educador, artista, defensor da cultura afro-brasileira, Romualdo Rosario da Costa, o Mestre Moa do Katendê. O capoeirista foi assassinado na madrugada após o primeiro turno das eleições presidenciais por um apoiador do fascista Jair Bolsonaro, com 12 facadas pelas costas após relatar aí havia votado Fernando Haddad, um crime de motivação política.
Pronzato foi convidado no mesmo dia do assassinato para a realização do documentário, para que ficasse pronto antes mesmo do segundo turno das eleições. A iniciativa veio da Associação Brasileira de Capoeira Angola, do Conselho gestor da Salvaguarda da capoeira na Bahia e pelo coletivo Ginga de Angola.
O filme teve como objetivo mostrar o caráter político do assassinado de Mestre Mia, ao mesmo tempo, que apresentar seu trabalho e a ressaltar sua importância para a cultura popular brasileira e em especial na preservação e difusão da cultura do negro brasileiro.
O documentário de cerca de 46 minutos ficou pronto em apenas 14 dias e foi exibido em diversos locais para.fomentar o debate. No dia 06/12 ocorreu a primeira exibição em São Paulo, no Centro de Capoeira Angola Angoleiro Sim Sinhô, casa de Mestre Mia na Capital Paulista.
Do trágico assassinato de Mestre Moa é necessário tirar uma lição: a violência extra-estatal, a utilização de indivíduos ou bandos fascistas para perseguir a esquerda, os trabalhadores, a população oprimida é uma arma da extrema-direita golpista, apoiada pela direita tradicional, que tende a se desenvolver e se organizar no governo do fascista Jair Bolsonaro. Desta lição é necessário também compreender que somente a mobilização e a organização do povo será capaz de pôr fim à ofensiva violenta da direita e da extrema-direita golpista e do golpe. É preciso revidar a altura; com toda força e por todos os meios necessários os ataques da extrema-direita, somente assim pode-se garantir o livre exercício dos direitos democráticos.
O documentário está disponível na internet, assista: