Na cidade de Rio do Sul (SC), foi realizada uma pesquisa pela Gerência Regional de Educação (Gered), demonstrando que 30% dos estudantes da rede estadual não conseguiram entregar as atividades propostas pelo sistema precário do ensino remoto. É muito provável que desta parcela são de setores mais esmagados da classe operária, em que portanto tem menores condições de se adaptarem a este engodo burocrático do EaD.
É curioso que o supervisor Regional da Gered, Ernani José Schneider, diz sobre esta pesquisa a uma imprensa, sobre a importância da atuação dos pais para a adaptação deste ensino. É uma avaliação completamente fora da realidade, visto que é uma forma de ensino que demonstra claramente a desigualdade social entre os estudantes, logo, aquele que tem menor condição econômica, terá menos chances de adaptar a este ensino fajuto, pois tem internet com menor qualidade, pode morar numa casa em que não terá espaço para aprender os conteúdos, além de que o próprio formato de aprendizagem é totalmente prejudicial ao ensino, visto as quantidades de distrações que cada casa pode ter. Para quem mora numa favela, por exemplo, em que a policia mata com mais vontade pessoas inocentes, devido ao golpe de estado, fica mais difícil para o estudante apreender os conteúdos. Estes são apenas alguns exemplos.
Vale ressaltar que esta medida imposta aos direitistas demonstram o projeto de terra arrasada do golpe de estado de 2016, a própria campanha do fraudulento Bolsonaro era de defender esta política de ensino, que serve de interesse para os grandes empresários da educação. Esses tubarões capitalistas, não se importam se está ocorrendo uma pandemia que está matando, no Brasil, com mais de 100 mil pessoas, para eles é preciso que o andar da carruagem da educação esteja alinhada ao interesse dos seus lucros. Sem contar que a própria EaD é uma armadilha para ser levada adiante o retorno das aulas presenciais em plena pandemia. Essa política imposta aos direitistas contra os estudantes, de impor o método EaD, totalmente ineficaz de ensino, é o sinal de desespero do imperialismo para que se tenha, mesmo sobre condições absurdas com ao qual estamos vivendo, uma atividade educacional e garantir lucros, a EaD, por exemplo, oferece atividades econômicas para empresas digitais (internet, aplicativos, celulares e afins).
Diante dessa situação, é preciso uma enérgica mobilização dos estudantes através de luta nas ruas, fazendo uma imensa campanha de propaganda e agitação política, através dos comitês estudantis em luta, por greves estudantis para barrar de vez o EaD, com as palavras de ordem como “Fora EaD”. Além disso, é preciso politizar o movimento para que tenha um confronto político direto contra os golpistas, como “Fora Bolsonaro e todos os golpistas” e a luta pela campanha de candidatura do Lula no ano de 2022.